Economia

Passos Coelho não considera encerrada crise política

Após três rodadas de negociações, o primeiro-ministro anunciou que continuarão as conversações na busca de "condições" para governar


	O premier português, Pedro Passos Coelho: "A renúncia de Portas 'não afeta' o apoio de seu partido ao governo", acrescentou.
 (Patricia de Melo Moreira/AFP)

O premier português, Pedro Passos Coelho: "A renúncia de Portas 'não afeta' o apoio de seu partido ao governo", acrescentou. (Patricia de Melo Moreira/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 17h15.

Lisboa - O primeiro-ministro português, o conservador Pedro Passos Coelho, anunciou nesta quinta-feira que não considera a crise no país encerrada, mas que há uma fórmula para garantir a estabilidade do Governo.

Após três rodadas de negociações - abertas na noite de quarta-feira, com o demissionário ministro das Relações Exteriores, Paulo Portas, líder do partido que lhe dá maioria no Parlamento, e um encontro com o presidente do país, Aníbal Cavaco Silva - o primeiro-ministro anunciou que continuarão as conversações na busca de "condições" para governar.

Em uma breve e confusa declaração aos jornalistas depois da reunião com Cavaco Silva, o primeiro-ministro declarou que "será encontrada uma forma de poder garantir o apoio político do Centro Democrático Social Partido Popular (CDS-PP) ao governo e, dessa forma garantir a estabilidade política do país".

"A renúncia de Portas 'não afeta' o apoio de seu partido ao governo", acrescentou.

"A legenda e o Partido Social Democrata (PSD, centro-direita) buscarão a melhor fórmula de garanti-lo", informou o primeiro-ministro, que não respondeu às perguntas dos jornalistas.

A crise política desencadeada em Portugal na terça-feira com a demissão de Portas, que justificou sua decisão por não estar de acordo com o chefe do Executivo na nomeação da nova ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

A nova ministra das Finanças, que foi secretária de Estado do Tesouro tomou posse apenas uma hora depois que a saída de Portas foi oficializada, cuja renúncia apesar de ser "irrevogável" foi rejeitada por Passos Coelho em discurso ao país, no qual prometeu recuperar o consenso no seio da aliança do Governo. 

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