Economia

Partidos britânicos entram em choque sobre futuro da economia

Nottingham, Inglaterra - O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, afirmou nesta sábado que o oposicionista Partido Conservador irá arruinar a recuperação econômica do país caso ganhe as eleições gerais, que devem ocorrer daqui a algumas semanas. O partido de centro-direita rebateu que, se a Grã-Bretanha não agir rapidamente para cortar seu enorme déficit orçamentário, pode enfrentar […]

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2010 às 09h17.

Nottingham, Inglaterra - O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, afirmou nesta sábado que o oposicionista Partido Conservador irá arruinar a recuperação econômica do país caso ganhe as eleições gerais, que devem ocorrer daqui a algumas semanas.

O partido de centro-direita rebateu que, se a Grã-Bretanha não agir rapidamente para cortar seu enorme déficit orçamentário, pode enfrentar o mesmo destino da endividada Grécia, que sofre com o alto custo de empréstimos e greves gerais.

Brown, do Partido Trabalhista, que está atrás nas pesquisas eleitorais mas vem diminuindo a vantagem do Partido Conservador, estabeleceu cinco promessas para o pleito que, segundo ele, pode moldar o futuro do país nas próximas décadas.

"A Grã-Bretanha enfrenta a maior decisão a ser feita por uma geração", disse em discurso a militantes de seu partido no futurístico "parque da inovação" da Universidade de Nottingham, na região central da Inglaterra.

Brown afirmou que o Partido Trabalhista irá assegurar a recuperação econômica, cortar o déficit pela metade, proteger serviços-chave, desenvolver uma economia high-tech e criar 1 milhão de empregos qualificados caso ganhe um quarto mandato.

Já o líder do Partido Conservador, David Cameron, em discurso em Milton Keynes, também na região central do país, disse que o maior risco à economia seria demorar muito para lidar com o déficit. O Partido Trabalhista planeja cortar o déficit pela metade em quatro anos, mas os conservadores querem uma ação mais rápida.

"Veja o que aconteceu na Grécia ... se não agirmos, e agirmos rápido, o mesmo pode acontecer conosco", disse Cameron.

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