Economia

Partido socialista pede governo de união nacional para manter Grécia no euro

No próximo domingo, os eleitores gregos vão às urnas para uma votação decisiva para o futuro do país na zona do euro

Grécia sofre com uma disparada do índice de desemprego, que atinge 22% da população economicamente ativa (Francois Lenoir/Reuters)

Grécia sofre com uma disparada do índice de desemprego, que atinge 22% da população economicamente ativa (Francois Lenoir/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 10h09.

Atenas - O líder do Movimento Socialista Pan-Helênico (Pasok), Evangelos Venizelos, fez neste domingo um apelo às legendas que estão comprometidas com a permanência da Grécia na União Europeia (UE) e na zona do euro para a formação de um governo de união nacional.

'Está claro que os cidadãos gregos querem um governo no dia 18 de junho. Um governo que trabalhe para a permanência do país na zona do euro', ressaltou Venizelos em entrevista coletiva, durante a apresentação do plano de governo do partido socialista.

Também culpou a Coalizão de Esquerda Radical (Syriza) e os conservadores da Nova Democracia (ND) pelo impasse político na Grécia devido à falta de acordo, apesar de ambos os partidos apoiarem a permanência da Grécia na zona do euro.

'É óbvio que, apesar da vontade da maioria dos cidadãos, existe o risco de que em 18 de junho a situação permaneça bloqueada pela atitude irresponsável do Syriza e da Nova Democracia', afirmou Venizelos, que até maio foi ministro de Finanças e vice-primeiro-ministro da Grécia, durante um governo de coalizão.

No próximo domingo, os eleitores gregos vão às urnas para uma votação decisiva para o futuro do país na zona do euro, após anos de crise econômica, que provocou a disparada do índice de desemprego a 22% da população economicamente ativa.

'Mesmo se um desses partidos obtiver a maioria absoluta, não poderá governar com a maioria do povo contra si', acrescentou o líder socialista.

A proposta de oito pontos apresentada neste domingo por Venizelos foi feita aos partidos gregos - exceto ao Partido Comunista e à legenda neonazista Amanhecer Dourado - para promover a permanência da Grécia na zona do euro.

'Não fiz a proposta ao Partido Comunista porque ele se mostra contrário à participação da Grécia na União Europeia, e isso eu até respeito. Mas ao Amanhecer Dourado não fiz a proposta porque se trata de um partido que não respeita as regras parlamentares', disse Venizelos, criticando as posturas polêmicas da legenda de extrema-direita.

Em sua proposta aos partidos políticos, o líder socialista pede a formação de um governo de união nacional que leve a cabo todas as reformas necessárias, inclusive mudanças na Constituição, negocie um relaxamento da aplicação das medidas de austeridade decorrentes do segundo plano de resgate europeu à Grécia e estabeleça as bases da recuperação econômica. EFE

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