Economia

Participação de importados tem primeira queda desde 2009

Em relação ao segundo semestre, houve leve queda de 0,2 ponto percentual, informa o estudo Coeficientes de Abertura Comercial


	Contêineres de importação em Santos: no caso das exportações da indústria, o estudo mostra estabilidade no coeficiente em 18% no terceiro trimestre
 (Egberto Nogueira/VEJA)

Contêineres de importação em Santos: no caso das exportações da indústria, o estudo mostra estabilidade no coeficiente em 18% no terceiro trimestre (Egberto Nogueira/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 13h08.

Brasília - A participação de produtos industriais importados no consumo dos brasileiros caiu pela primeira vez desde 2009. Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado hoje (13) mostra que, depois de dez trimestres consecutivos de alta, a participação desses bens no consumo dos brasileiros caiu para 22,1% no terceiro trimestre deste ano.

Em relação ao segundo semestre, houve leve queda de 0,2 ponto percentual, informa o estudo Coeficientes de Abertura Comercial. A CNI não soube informar, porém, se essa é uma tendência. Já na comparação com a terceiro trimestre de 2011, houve uma elevação de 0,5 ponto percentual no coeficiente.

No estudo, elaborado em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), foram avaliados 27 setores, dos quais 12 importaram menos do que no trimestre anterior. As maiores quedas ocorreram nas indústrias de petróleo e biocombustíveis (de 2,4 pontos percentuais) e farmoquímicos e farmacêuticos (de 0,7 ponto percentual).

Para os técnicos da CNI, os setores que registraram retração foram influenciados pela alta da taxa de câmbio ocorrida no início do ano e pelas “medidas adotadas pelo governo para a desoneração dos setores industriais”.

No caso das exportações da indústria, o estudo mostra estabilidade no coeficiente em 18% no terceiro trimestre. A manutenção do índice foi atribuída às medidas do governo de desoneração da folha de pagamento de alguns setores e à desvalorização do real desde o início do ano. No terceiro trimestre de 2011, o coeficiente de exportação ficou em 17,9%.

Os técnicos entendem, no entanto, que o Coeficiente de Exportações continua bem abaixo da máxima histórica de 20,7% registrada no segundo trimestre de 2007. Um dos motivos, indica o estudo, é que o “mercado lá fora está muito ruim, por isso as exportações não decolam". A CNI informou ainda que a maioria dos setores da indústria de transformação aumentou as exportações no terceiro semestre de 2012 em relação ao período imediatamente anterior, com destaque para o de fumo, couros e calçados e máquinas e materiais elétricos.

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