Economia

Participação de importados atinge 21,6% em 2012, diz CNI

Segundo a CNI, o crescimento na participação dos importados evidencia a perda de competitividade dos produtos industriais nacionais frente aos importados


	Exportações e importações: em 2011, o coeficiente de penetração das importações fechou em 19,5%.
 (REUTERS/Andres Stapff)

Exportações e importações: em 2011, o coeficiente de penetração das importações fechou em 19,5%. (REUTERS/Andres Stapff)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília - O coeficiente de penetração das importações, que mede a participação de bens importados no consumo doméstico, atingiu 21,6% em 2012, o maior valor da série histórica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), iniciada em 1996. Em 2011, o coeficiente fechou em 19,5%. Segundo a CNI, o crescimento na participação dos importados evidencia a perda de competitividade dos produtos industriais nacionais frente aos importados.

O coeficiente de insumos importados, que representa a participação desses itens no total de insumos adquiridos pela indústria, registrou 23,2% no ano passado, um aumento de 1,9 ponto porcentual na comparação com 2011 e também recorde da série histórica iniciada em 1997. Os números fazem parte do estudo Coeficientes de Abertura Comercial do ano de 2012, divulgado nesta segunda-feira pela CNI.

Já o coeficiente de exportação, que corresponde à parcela da produção industrial que é vendida no mercado internacional, fechou 2012 em 20,6%. Segundo a CNI, é a primeira vez desde 2007 que o faturamento da indústria com exportação supera a marca de 20%. No entanto, o valor recorde ainda é de 2004, quando fechou em 22,9%. Segundo a CNI, a desvalorização cambial ocorrida no início do ano passado e as desonerações tributárias para vários setores da indústria deram suporte aos maiores ganhos com exportações, auxiliando no crescimento do indicador.

O coeficiente de exportações líquidas, que é a razão entre o saldo comercial e o valor da produção, ficou em 6,1% em 2012, apenas 0,1 ponto porcentual abaixo de 2011. A CNI informa que o porcentual está bem abaixo do nível máximo da série histórica registrado em 2005, de 11,8%.

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