Economia

Parlamento do Chipre aprova plano de ajuste da troika

O programa de resgate da troika tem uma série de contrapartidas, como a reestruturação dos bancos, altas de impostos e cortes salariais no setor público


	Bandeiras do Chipre e da União Europeia: o presidente do Chipre, Nico Anastasiadis, disse antes da aprovação que o plano permitirá ao país respirar e superar a crise.
 (J. Patrick Fischer/Wikimedia Commons)

Bandeiras do Chipre e da União Europeia: o presidente do Chipre, Nico Anastasiadis, disse antes da aprovação que o plano permitirá ao país respirar e superar a crise. (J. Patrick Fischer/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 14h55.

Atenas - O Parlamento do Chipre aprovou nesta terça-feira o plano de ajuste estipulado com a troika internacional em troca do resgate no valor de 10 bilhões de euros para a ilha mediterrânea.

Votaram a favor do memorando 29 deputados, exatamente o número necessário para se conseguir maioria, enquanto 27 parlamentares se opuseram ao plano.

O programa de resgate da troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) tem uma série de contrapartidas, entre as quais figuram a reestruturação dos bancos, altas de impostos e cortes salariais no setor público.

O presidente do Chipre, Nico Anastasiadis, disse antes da aprovação que o plano permitirá ao país respirar e superar a crise.

Averof Neofitu, líder do partido DISY, que faz parte da coalizão de governo, reconheceu que o Chipre tem um caminho difícil pela frente, que incluirá uma "profunda recessão para conseguir a estabilidade".

"Nós calculamos que a recessão será mais profunda do que a que vimos em Portugal e em outros países", disse.

O líder do partido ecologista, Yioryos Perdikis, previu que o PIB do país irá sofrer uma queda de 40% nos anos em que o plano estará sendo aplicado e por isso sua legenda não o apoiou.

Já o presidente do partido centrista DIKO, Marios Karoyian, qualificou de "injusta, irracional, dura e violenta" a decisão do Eurogrupo de impor este programa de ajuste, mas admitiu "que infelizmente não temos outra opção que não aceitar as condições do memorando". 

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