Economia

Para Votorantim, Caged deve manter tendência fraca de vagas

Na avaliação de economista da Votorantim Corretora, serviços e comércio deverão continuar contribuindo de forma positiva para os dados do Caged em dezembro


	Carteira de Trabalho: em novembro, o Caged exibiu uma criação líquida de 8.381 vagas
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Carteira de Trabalho: em novembro, o Caged exibiu uma criação líquida de 8.381 vagas (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 15h36.

São Paulo - Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) deverão manter em dezembro uma tendência de fraca geração de postos de trabalho, comentou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Guilherme Maia, economista da Votorantim Corretora.

Em novembro, o Caged exibiu uma criação líquida de 8.381 vagas.

O desempenho do indicador neste mês estará relacionado ao baixo ritmo de crescimento do país, que para ele deverá registrar alta de 0,3% neste ano.

Ao retirar fatores sazonais, ele ressalta que o Caged apontou uma criação líquida de postos próxima a 10 mil no mês passado.

Mas esse número ficou abaixo da queda líquida ao redor de 38 mil vagas em outubro e fechamento líquido de cerca de 15 mil postos em setembro.

Na avaliação de Maia, serviços e comércio deverão continuar contribuindo de forma positiva para os dados do Caged em dezembro. Em novembro, as duas áreas foram responsáveis pela criação líquida de 29.526 postos e 105.043 vagas, respectivamente.

Por outro lado, outros segmentos apresentaram corte de vagas. A indústria de transformação apresentou retração de 43,7 mil, a agricultura cortou 32.127 postos e a construção civil registrou queda de 48.894 vagas.

"Os resultados apresentados por indústria e construção civil estão relacionados com a retração dos investimentos, que devem cair 7% neste ano, depois de terem subido 5% em 2013", comentou.

Para Maia, como a economia deve apresentar um ritmo lento em 2015, com uma alta do PIB de 1,2%, inflação atingindo 6,6% e taxa de juros de 12,5% ao final do ano, ele prevê um aumento da taxa média de desemprego apurada pela Pesquisa Mensal de Emprego.

O economista acredita que o indicador deve subir de 4,8% em 2014 para 6,5% no ano que vem.

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