Prédio do Banco Central: considerando o crescimento econômico pouco robusto do país, o BC deveria ter reduzido ainda mais a taxa básica de juros, afirmou a Força Sindical (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 20h34.
São Paulo - A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) criticou a manutenção da taxa básica de juros em 7,25% ao ano, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta noite de quarta-feira.
"Foi desperdiçada uma oportunidade para retomar o bom caminho da redução da Selic e, com isso, forçar uma queda maior dos juros e dos spreads dos bancos, a fim de baratear o crédito e incentivar o emprego, o desenvolvimento e a distribuição de renda", disse em comunicado o presidente da confederação, Carlos Cordeiro.
Segundo Cordeiro, apesar das quedas da Selic em 2012, os bancos brasileiros "continuam praticando juros e spreads que permanecem entre os mais altos do mundo, travando a produção e o consumo, freando o crescimento econômico do país". "Está mais do que na hora de o Banco Central definir, além das metas de inflação, metas sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores e a redução das desigualdades sociais do país", completou Cordeiro.
Força Sindical
Também para a Força Sindical o Copom perdeu uma ótima oportunidade de dar continuidade à política de redução da taxa Selic, pois a queda se justificaria "neste momento em que as projeções apontam um crescimento pouco robusto do País". "É preciso agilidade e reduções eficazes dos juros para facilitar o crescimento da economia e reduzir a dívida pública, estimular a produção industrial, que se encontra estagnada, aumentar o consumo e gerar empregos de qualidade", afirmou o presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, em nota distribuída à imprensa.
Conforme a nota, a "Força Sindical manterá uma postura de cobrança junto ao governo para livrar o País da especulação financeira desenfreada, que infelizmente vem drenando enormes quantidades de recursos essenciais que poderiam ser investidos em infraestrutura, educação, saúde, moradia e transporte, que são vitais para o nosso desenvolvimento".