Economia

Para o Planalto, Placar da Previdência não reflete realidade

O foco e toda a energia do governo estão voltados para a aprovação da reforma. Temer manterá a idade mínima de 65 anos para aposentadoria na proposta

Arthur Maia: o relator da reforma ouvirá até esta quinta-feira as demandas dos parlamentares para mudanças (Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Arthur Maia: o relator da reforma ouvirá até esta quinta-feira as demandas dos parlamentares para mudanças (Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2017 às 20h01.

O Palácio do Planalto minimizou o resultado desfavorável para a aprovação da reforma da Previdência mostrado nesta quarta-feira, 5, no Placar da Previdência, realizado pelo Grupo Estado, que mede a intenção de voto dos deputados.

Para auxiliares do presidente Michel Temer, o levantamento não reflete a realidade de hoje de "retorno" das negociações de mudanças na proposta que estão sendo discutidas com o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).

Oliveira Maia vai ouvir até esta quinta-feira as demandas dos parlamentares para mudanças e depois vai se reunir com o presidente para fechar as alterações que serão incluídas no relatório.

A partir da divulgação do relatório, o governo está confiante na reversão do placar.

"O placar chegou tarde. Não tem o peso da política. A reforma será aprovada. É preciso esperar que se conclua o relatório", afirmou um interlocutor próximo ao presidente Temer.

O foco e toda a energia do governo estão voltados para a aprovação da reforma.

"O principal já falamos. O relatório vai trazer mudanças. O placar mexe com uma realidade que não existe mais. A realidade que está discutida é diferente", disse.

O presidente não quer uma reforma simbólica e vai manter na proposta a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, que considera um ponto fundamental da reforma.

Entre os pontos em negociação, estão as regras de transição, a aposentadoria rural, as mudanças para a concessão do benefício assistencial para idosos e pessoas com deficiência (BPC), acúmulo de aposentadorias e aposentadorias especiais.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGoverno TemerReforma da Previdência

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China