Economia

Para Mantega, alta da renda eleva consumo e crédito

Ministro avaliou os dados do IBGE, que afirmam que as vendas do varejo subiram 0,8% em abril na comparação com março

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, presente no Reuters Latam Investment Summit em São Paulo, 2012 (Paulo Whitaker/Reuters)

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, presente no Reuters Latam Investment Summit em São Paulo, 2012 (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2012 às 13h28.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou na manhã desta quinta-feira, com base nos dados das vendas do varejo, divulgados mais cedo pelo IBGE, que o consumo brasileiro está crescendo e que isso ocorre de forma sustentável porque a renda da população está em expansão. Pelos dados do IBGE, as vendas subiram 0,8% em abril na comparação com março e 6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

"Em abril, houve um nível de consumo superior a março e a fevereiro. Estamos aumentando gradualmente o nível de consumo, o que é salutar, e o de crédito no País, o que é sustentável porque a renda continua a crescer", disse o ministro.

Mantega observou que a inadimplência está caindo e atingiu patamares bastante "toleráveis". "O endividamento das famílias está caindo, como mostrou pesquisa da Confederação Nacional dos Serviços. A família brasileira andou pagando suas dívidas", afirmou.

O ministro disse também que passou a ser normal no Brasil que todos tenham acesso ao crédito. "Crédito é uma coisa normal no mundo todo. Antigamente, havia famílias que não tinham crédito e passaram a tê-lo." Mantega afirmou que, nos últimos meses, diante do cenário internacional, o consumidor brasileiro ficou mais cauteloso e usou o aumento de renda para quitar uma parte das dívidas.

"No Brasil, a renda continua subindo, porque o mercado de trabalho está aquecido, ao contrário do que acontece nos EUA e na Europa", disse. Segundo Mantega, a maior parte dos empréstimos no País é de até 12 meses, o que torna mais fácil quitar essas dívidas. Já o crédito mais longo está concentrado no habitacional, que tem um nível menor de atrasos.

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