Rodrigo Maia: "só não posso aceitar que o Congresso seja responsabilizado por uma questão que não é culpa do Congresso", (foto/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 11h29.
Nova York - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Parlamento não foi o responsável pelo Brasil ter sido rebaixado na semana passada pela agência de classificação Standard & Poor's.
"Só não posso aceitar que o Congresso seja responsabilizado por uma questão que não é culpa do Congresso", disse.
Segundo Maia, o Parlamento votou matérias "que todos consideravam quase impossíveis", como a reforma trabalhista.
"O governo encaminhou uma reforma trabalhista tímida, com cinco artigos. Nós mudamos mais de cem artigos. Estamos colaborando muito com a economia brasileira, com a terceirização, com o pré-sal, o projeto da recuperação fiscal dos Estados", disse.
Ele ressaltou ter certeza de que os parlamentares "têm uma participação importante" na melhoria dos indicadores econômicos do País.
Na semana passada, Maia e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se estranharam após o rebaixamento da nota do Brasil. Meirelles indicou em algumas conversas com jornalistas que parte da culpa poderia ser atribuída ao fato de o Congresso não ter aprovado a reforma da Previdência.
Maia, por sua vez, argumentou nos bastidores que a mudança no rating foi reflexo do esforço do governo em tentar se blindar das denúncias contra o presidente Michel Temer - o que teria atrasado a tramitação da reforma.
O deputado disse até ter ficado magoado com o ministro da Fazenda. Ambos são cotados como pré-candidatos à presidência da República.
"A gente votaria a reforma da Previdência na primeira semana de junho. Não temos culpa da denúncia", comentou, referindo-se à primeira denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.