O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assume o cargo em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 09h20.
Última atualização em 3 de janeiro de 2023 às 09h21.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou nesta terça-feira, 3, as reações negativas do mercado financeiro à sua gestão na pasta e disse que o movimento desfavorável dos ativos brasileiros é resultado dos impactos produzidos pelas políticas adotadas pelo governo Bolsonaro às vésperas da eleição. Segundo o ministro, agora está "caindo a ficha" do mercado, com o conhecimento dos números sobre as medidas do governo anterior, que tiveram impacto de R$ 300 bilhões, segundo ele, entre gastos e renúncias fiscais - 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para cada.
"Tinha um clima de que a economia estava no rumo certo, mas que está se desfazendo pelos números de gasto eleitoral do Bolsonaro. Pessoas não se deram conta de que Bolsonaro usou 3% do PIB na eleição", afirmou, em live promovida pelo site Brasil 247.
E completou: "Valor de R$ 300 bilhões disponíveis para torrar durante a eleição elegeria qualquer pessoa, menos contra Lula."
Haddad defendeu que o resultado do gasto eleitoreiro foi o aumento dos juros básicos da economia de 2% para 13,75%, "o maior juro real do mundo", embora a alta da taxa Selic tenha se iniciado em março de 2021, em função da disparada da inflação.
"Esse é o legado de Bolsonaro. Não é ataque especulativo, é que a ficha caiu", reforçou o ministro da Fazenda.
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