Economia

Para Fiesp, balança terá superávit de US$ 16 bi em 2014

De acordo com diretor do diretor do Departamento de Estudos Econômicos da Fiesp, em 2014, exportações devem crescer 8,7% e importações devem avançar 3,1%


	Paulo Skaf: presidente da Fiesp reforçou que estimativa para projeção de alta no superávit da balança leva em conta "uma nova realidade cambial"
 (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

Paulo Skaf: presidente da Fiesp reforçou que estimativa para projeção de alta no superávit da balança leva em conta "uma nova realidade cambial" (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 14h54.

São Paulo - A balança comercial brasileira deve passar de um superávit de US$ 2 bilhões em 2013 para US$ 16 bilhões no ano que vem.

A estimativa foi apresentada nesta terça-feira pelo diretor do Departamento de Estudos Econômicos (Depecon), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, ao divulgar o balanço da entidade para o ano.

De acordo com Francini, em 2014, as exportações devem crescer 8,7% e as importações devem avançar 3,1%. "Esperamos uma inversão do que tem acontecido nos últimos anos", explica. Em 2013, a estimativa é que as exportações tenham uma queda de 0,3% e as importações fechem o ano com um incremento de 7,5%.

"Na verdade teremos uma taxa maior do crescimento de importação e exportação, alicerçado na taxa de câmbio, mas a demanda projetada deve ser menor", afirmou. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, reforçou ainda que a estimativa para a projeção de alta no superávit da balança leva em conta "uma nova realidade cambial". "Estamos considerando o dólar na faixa dos R$ 2,40", afirmou.

Segundo Francini, com a estimativa de que o consumo das famílias cresça apenas 2,3% em 2014, "essa piora da demanda interna vai interferir nas importações". "E a taxa de câmbio vai interferir nas exportações", avaliou.

Skaf destacou também que a estimativa é que o PIB brasileiro feche em 2013 com uma expansão de 2,2% e para o ano que vem cresça por volta de 2%. "Isso quando o Banco Mundial estima um crescimento do PIB mundial para o ano que vem em torno de 3%", afirmou.

Francini acrescentou que o PIB da indústria de transformação deve cair de 2,4% neste ano para 2% em 2014 e também vai estar em linha com o desempenho nacional. Segundo ele, o resumo das estimativas para 2014 é de um ano mais difícil para a indústria, com o consumo menor das famílias, mas com resultados melhores na balança comercial brasileira.

Pé no chão

Skaf afirmou que algumas questões políticas atrapalharam a percepção da economia em 2013. "Não foi tão ruim quanto a percepção de alguns que viram um caos, e nem tão bom quanto o ministro da Fazenda (Guido Mantega) anuncia toda hora", disse. Segundo Skaf, o correto é ficar no meio termo. "Temos que ficar com os pés no chão. Nem no pessimismo de alguns, nem no otimismo exagerado de outros."

Francini destacou que comparando o cenário de 2013 com o do ano anterior houve uma recuperação. Segundo ele, em 2012, o PIB cresceu 1% e a indústria caiu 2,4%. "Este ano vamos ter um crescimento estimado de 2,2% do PIB, com a indústria de transformação crescendo 2,4%. Comparando os dois cenários não dá pra dizer que o ano não foi melhor do que 2012."

Acompanhe tudo sobre:Balança comercialComércio exteriorExportaçõesFiespImportações

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China