Economia

Para Fiesp, acordo Mercosul-UE seria benéfico para ambas as regiões, especialmente para a França

Presidente da fundação afirmou que a vinda de Macron demonstra o interesse das duas sociedades em fortalecer as relações comerciais e políticas

Mercosul: acordo comercial envolve países como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai  (Mtcurado/Getty Images)

Mercosul: acordo comercial envolve países como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (Mtcurado/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 27 de março de 2024 às 17h39.

Última atualização em 27 de março de 2024 às 17h57.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, defendeu nesta quarta-feira, 27, que um acordo entre Mercosul e União Europeia seria muito benéfico para ambas as regiões, "especialmente para a França".

Ele afirmou, durante a abertura do Fórum Econômico Brasil-França, que a vinda do presidente francês Emmanuel Macron para o Brasil com visitas a diferentes regiões demonstra o interesse das duas sociedades em fortalecer as relações comerciais e políticas.

"Nossas relações vão se estreitar cada vez mais", disse Gomes.

O acordo entre Mercosul e UE esteve próximo de um desfecho em 2023, mas encontrou resistência por parte do presidente Macron, que alegou riscos de uma invasão de alimentos exportados pelos países sul-americanos para a Europa.

Nos últimos meses, produtores rurais de pelo menos sete países (Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Itália, Romênia e Polônia) fizeram protestos contra acordos de livre comércio com países fora do bloco.

Em fevereiro, o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai (atual presidente do Mercosul) disse que as negociações estão suspensas até as eleições para o Parlamento Europeu, que ocorrem em junho.

Vanguarda da transição energética

O diretor-presidente da Engie e presidente do Conselho de Empresas França-Brasil, do Medef Internacional, Jean-Pierre Clamadieu, afirmou que a França e o Brasil estão na vanguarda da transição energética, devido à matriz energética particularmente favorável dos dois países.

Clamadieu frisou que o caminho, no entanto, ainda é complexo e com muitas ambições, mas destacou que os dois países podem aprender juntos. "Temos convicção de que o Brasil tem muito a nos ensinar, com o uso do vegetal e florestal, mas também amplamente com o que a terra pode produzir."

Também participante da mesa de abertura do Fórum Econômico Brasil-França, Clamadieu celebrou a presença de representantes de pouco mais de 80 empresas francesas no fórum.

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