Economia

Para FGV, varejo restrito indica recuperação no semestre

O avanço de 0,2% é o segundo resultado positivo do varejo restrito, ao lado da taxa de maio, de 1,3%


	Informação é da Fundação Getúlio Vargas
 (Divulgação/FGV)

Informação é da Fundação Getúlio Vargas (Divulgação/FGV)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2012 às 14h56.

Rio de Janeiro - A Sondagem da Confiança do Comércio, divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), aponta para uma recuperação da economia neste segundo semestre, segundo o coordenador da pesquisa, Aloisio Campelo. O economista destaca o avanço de 0,2% do índice de confiança do varejo restrito, na comparação de setembro com o mesmo mês de 2011, após queda de 4,5% no mês anterior. Desde que foi iniciada a pesquisa, em junho de 2011, é o segundo resultado positivo do varejo restrito, ao lado da taxa de maio, de 1,3%.

Como comprovação de que ocorre uma melhora no setor, ele ressalta o espalhamento de taxas positivas no varejo restrito, em oito dos nove segmentos pesquisados. "A economia está em uma fase de transição para a aceleração. Isso é bem captado pelas sondagens. É claro que não vai haver uma explosão de crescimento. Se os números de confiança do empresário do comércio estão melhores em setembro, é porque o empresário teve uma confirmação de que as vendas melhoraram. A recuperação é gradual, mas é consistente", diz Campelo.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom, que inclui o varejo restrito, o atacado e o varejo ampliado (formado pelo varejo restrito mais veículos e motocicletas e material para construção), passou de -3,8% em agosto para -1,4% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2011.

Conforme a sondagem da FGV, além do varejo restrito, o cenário é de otimismo também entre os empresários do varejo ampliado. Embora ainda no campo negativo, com queda de 0,4%, o varejo ampliado acelerou ante o índice de -4,4%, na comparação anual. Já o atacado passou de 0% para -3,8%, por conta de uma defasagem no crescimento em relação ao varejo restrito, como ocorre tradicionalmente, explica Campelo. Enquanto o comércio de material para construção passou de -3,3% para -4,4%. Este sim, um resultado negativo, afirma o economista.

Na ponta da série, na passagem de agosto para setembro, a confiança do comércio avançou 4,3%. Uma aceleração em relação a agosto, quando o índice havia sido de 2,7%. A avaliação sobre a situação atual passou de 2,6% para 6,7%, enquanto as expectativas ficaram praticamente estáveis, tendo variado de 2,8% para 2,7%, considerando a mesma base de comparação.


Veículos

A medida de desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de veículos ainda gera benefícios ao comércio, avalia a FGV. A confiança dos comerciantes de veículos avançou 10,9% em setembro, o melhor resultado desde junho (12,9%). "Foi importante manter as medidas de redução IPI após agosto. Está certo que, na prática, houve apenas uma antecipação do consumo", observa Campelo.

Apesar da melhora da confiança do comerciante, o segmento total de veículos e motocicletas recuou 0,1% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2011. O índice foi influenciado negativamente pelo comércio varejista de motos, cuja confiança caiu 24,6%, no mesmo comparativo.

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