Economia

Para Fazenda, medidas terão impacto gradual no câmbio

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirma que elas fazem parte do arsenal à disposição do governo para conter a volatilidade cambial

Notas de dólar: governo tenta controlar a volatilidade cambial (Patrick Lin/AFP)

Notas de dólar: governo tenta controlar a volatilidade cambial (Patrick Lin/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 14h19.

Brasília - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, avaliou hoje que as medidas anunciadas no início da manhã pelo Banco Central (BC) terão um impacto gradual sobre as expectativas em relação ao câmbio.

Segundo Barbosa, essas medidas, chamadas unilaterais - porque só afetam um dos lados da operação, no caso os bancos com posição vendida - já vinham senso estudadas pelo Ministério da Fazenda, em conjunto com o BC desde 2008. Barbosa afirma que elas fazem parte do arsenal à disposição do governo para conter a volatilidade cambial.

Além disso, medida semelhante já foi usada no passado, na época da subvalorização do real, mas no sentido contrário, afetando os bancos com posição comprada. Na ocasião, lembrou Barbosa, foi instituída uma trava, que limitava esse tipo de operação. "Desta vez, a medida não proíbe, mas aumenta o custo da operação, em um desincentivo para conter a volatilidade que no futuro poderia gerar riscos", acrescentou.

Segundo o secretário, a medida não deve afetar os investimentos no País, mas deve interferir no planejamento dos bancos para as chamadas operações de carry trade. Nessas operações, as instituições financeiras se aproveitam da diferença entre as taxas de juros no Brasil e no exterior para tomar dinheiro emprestado lá fora e aplicá-lo aqui dentro, obtendo lucros.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioEconomistasFinançasGoverno DilmaNelson Barbosasetor-financeiro

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs