Economia

Para economistas, efeito da Ômicron na economia deve ser menor que 1ª onda

Os gastos com turismo provavelmente enfraquecerão, e talvez o mesmo ocorra com os gastos com restaurantes e com as compras nas lojas

 (Mohamed Azakir/Reuters)

(Mohamed Azakir/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 20h22.

A economia global pode sofrer um golpe com a variante ômicron da covid-19, dizem economistas. Os gastos com turismo provavelmente enfraquecerão, e talvez o mesmo ocorra com os gastos com restaurantes e com as compras nas lojas.

Do lado da oferta, a nova variante poderia manter os trabalhadores em casa, restringindo ainda mais a capacidade das fábricas de fornecer produtos para atender à demanda, o que prejudicaria as redes globais de abastecimento e alimentaria uma inflação mais forte.

Vários economistas disseram que é muito cedo para dizer que efeito a variante Ômicron teria sobre a redução gradual das compras de títulos e planos de taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). Ainda assim, a Ômicron pode complicar as perspectivas de inflação e o plano do Fed de reduzir suas compras de ativos a partir deste mês.

No entanto, em comparação com a onda inicial de covid-19, em março de 2020, e a variante Delta neste verão do Hemisfério Norte, a ameaça da Ômicron para as economias provavelmente será menos severa, em parte porque cada nova cepa de vírus teve um impacto econômico reduzido.

As taxas de vacinação estão muito mais altas do que no início do ano, o que provavelmente reduzirá os riscos à saúde apresentados pela cepa. Os governos têm menos probabilidade de impor paralisações generalizadas do que no início da pandemia, dada a resistência política e as novas informações sobre quais medidas são mais eficazes para conter o vírus.

"É necessário um boom em um boom", disse Diane Swonk, economista-chefe da empresa de consultoria e contabilidade Grant Thornton LLP. "Temos muito ímpeto e isso ajuda".

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