Economia

Para Delfim Netto, BC deve encerrar corte de juros

Para o ex-ministro, o Banco Central deve esperar para analisar os efeitos sobre a economia dos cortes da taxa básica de juros


	"O governo já deu muitos incentivos de forma que seja bom parar um pouquinho para verificar seus efeitos", declarou Delfim Netto
 (Carol do Valle/Veja)

"O governo já deu muitos incentivos de forma que seja bom parar um pouquinho para verificar seus efeitos", declarou Delfim Netto (Carol do Valle/Veja)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2012 às 14h30.

São Paulo - O economista e ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto afirmou nesta segunda-feira que o corte da Selic na semana passada, de 7,50% para 7,25% ao ano, encerrou a série de reduções da taxa básica de juros neste ano. Segundo ele, o Banco Central (BC) deve esperar para analisar os efeitos sobre a economia dos cortes promovidos até o momento e das medidas de estímulo anunciadas.

"O governo já deu muitos incentivos de forma que seja bom parar um pouquinho para verificar seus efeitos", declarou Delfim Netto, após ser homenageado com o 16.º Troféu Guerreiro da Educação, entregue pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Delfim Netto disse confiar na análise do BC e que a instituição tem instrumentos mais sofisticados que os analistas para avaliar a economia do País. "Na minha opinião, o BC tem se comportado de uma maneira muito conveniente para o desenvolvimento brasileiro."

O economista elogiou também a abertura dos votos dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom). Para ele, isso reforça a independência do BC. "Essa abertura é muito boa, porque mostra que as pessoas estão pensando diferente."

Delfim Netto negou ainda que o BC tenha deixado de lado o tripé econômico formado por superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação. Na opinião dele, o BC segue as metas, mas faz ajustes de acordo com a realidade de cada momento. "Os três alicerces são os mesmos, isso não mudou nada. Apenas estão sendo feitos ajustes para a economia se adequar à realidade do momento."

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