Economia

Para Coutinho, aumento de capital do BNDES não é urgente

Presidente da instituição não comentou sobre a possibilidade de o Tesouro repassar ao BNDES ações de estatais


	Luciano Coutinho, do BNDES: "O BNDES tem situação confortável de capitalização", disse o executivo
 (Elza Fiúza/ABr)

Luciano Coutinho, do BNDES: "O BNDES tem situação confortável de capitalização", disse o executivo (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 12h35.

Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está capitalizado e a discussão sobre o aumento de capital do banco de fomento pelo Tesouro Nacional não é urgente. A afirmação é do presidente da instituição, Luciano Coutinho. Ele não comentou sobre a possibilidade de o Tesouro repassar ao BNDES ações de estatais hoje pertencentes ao Fundo Soberano do Brasil para aumentar o capital do banco, conforme adiantou a Agência Estado. O presidente do BNDES afirmou, porém, que há outras formas de capitalização em análise.

"O BNDES tem situação confortável de capitalização", disse Coutinho a jornalistas após participar do seminário "Perspectivas para a indústria e a infraestrutura: visões do BNDES", na sede do banco, no Rio. "Existem outras formas (de capitalização) sobre as quais não vou me manifestar agora, talvez até mais interessantes", completou. De acordo com Coutinho, o repasse de dividendos antecipados ao Tesouro pelo BNDES tampouco atrapalha a capitalização do banco.

Em palestra, Coutinho disse que as empresas brasileiras ainda não entenderam totalmente a importância de desenvolver parcerias duradouras com fornecedores em vez de apenas buscar redução de custos.

Segundo o presidente do BNDES, no trabalho de impulsionar a competitividade de setores da economia em que o Brasil já tem capacidade construída, o banco de fomento atua no apoio a ganhos de produtividades e à formação de estruturas empresariais, formando cadeias de fornecedores. "A questão setorial não pode ser pensada sem os grupos empresariais", disse.

Coutinho destacou ainda que as cadeias produtivas hoje são globalizadas e rebateu críticas que defendem que o BNDES foque apenas no financiamento a novas tecnologias. "Isso é fácil dizer, mas difícil fazer. Sem atores privados, é muito difícil", completou.

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