Economia

Para CNI, Selic a 7,25% é importante para investimentos

Fiesp e Firjan defenderam novas quedas na taxa básica de juros


	Paulo Skaf, presidente da Fiesp, afirmou que juros ainda menores são importantes para a competitividade do país
 (Kenia Hernandes/VEJA São Paulo)

Paulo Skaf, presidente da Fiesp, afirmou que juros ainda menores são importantes para a competitividade do país (Kenia Hernandes/VEJA São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 19h37.

São Paulo - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 7,25% ao ano é decisiva para garantir a confiança e estimular os investimentos. Em nota, a confederação destaca que agora o desafio do País é ampliar o crédito e promover a redução dos custos dos empréstimos bancários. "A manutenção dos juros em um patamar reduzido é importante no cenário atual, em que não há riscos expressivos de alta da inflação e a recuperação da atividade produtiva ainda não se consolidou", cita a CNI.

Além disso, a confederação avalia que mantidos os juros básicos baixos, as ações da política de financiamento devem ser focar na queda dos custos dos empréstimos, na redução dos spreads bancários e na ampliação do crédito, permitindo que a queda dos juros básicos cheguem aos tomadores finais de recursos. "Essa é a vertente financeira da redução dos custos de produção, crucial à retomada do investimento e do crescimento sustentado", destaca a CNI.

Fiesp

Já a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) defendeu, em nota, novos cortes na taxa básica de juros. "Não podemos esquecer que desde agosto de 2011 a Selic já caiu de 12,5% ao ano para 7,25% ao ano, porém a posição da Fiesp e do Ciesp é de defesa de uma taxa de juros ainda menor, que permite ao país competir no mercado externo e interno", disse o presidente da entidade, Paulo Skaf.

Skaf disse reconhecer o "esforço do governo", mas avalia serem necessárias mais ações para reduzir os custos de produção no País. "Precisamos criar condições semelhantes de concorrência entre o Brasil e outros países", disse.

A Fiesp defende medidas como a aprovação pelo Congresso Nacional da Medida Provisória (MP) 579, que reduz as tarifas de energia; mais desonerações do setor produtivo; e a "redução da burocracia". "Os bancos também precisam reduzir ainda mais seus spreads, que ainda são elevadíssimos. O governo precisa destravar o investimento público, bem como adequar regulamentação para investimento privado em concessões e Parcerias Público Privadas", disse Skaf, que completou: "Sem a redução desses custos, não vamos conseguir garantir crescimento econômico para o ano que vem e continuaremos com resultados pífios, como em 2011 e em 2012".

Firjan

Por sua vez, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) avaliou ser importante "abrir espaço para novas quedas da taxa básica de juros". O cenário econômico internacional, apontou a entidade, "exerce uma influência negativa sobre a economia brasileira" e os indicadores domésticos "respaldam que a produção industrial está patinando".

"Diante desse quadro geral, o Sistema Firjan insiste na importância do aumento do superávit primário, de forma a abrir espaço para novas quedas da taxa básica de juros", avaliou a entidade em nota distribuída à imprensa.

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