Economia

Para bancos, economia brasileira se recupera bem… lentamente

Segundo os economistas do HSBC, o resultado do indicador veio acima das expectativas do banco, que eram de uma retração de 0,7% na comparação mensal


	ICB-Br é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB)
 (Divulgação/Banco Central)

ICB-Br é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 16h22.

São Paulo - O Banco Central (BC) divulgou hoje seu índice de atividade de setembro, o IBC-Br. Considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), conjunto de todos os bens e valores produzidos pelo país, o índice apresentou recuo de 0,52% no mês, e alta de 0,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Para economistas do Itaú Unibanco e do HSBC, o indicador, que veio um pouco melhor do que o esperado, mostra que a economia brasileira está, de fato, esboçando uma recuperação, mas ela ainda é muito lenta.

Segundo os economistas do HSBC Constantin Jancso e Sabrina Andrade, o resultado do indicador veio acima das expectativas do banco, que eram de uma retração de 0,7% na comparação mensal. “Apesar da contração na margem, o indicador é consistente com a visão de que a economia está se recuperando, mas com uma lentidão maior do que esperávamos.”

A dificuldade da economia na arrancada rumo a um crescimento mais vigoroso vem de um desempenho muito fraco das vendas no varejo, segundo relatório do Itaú Unibanco assinado pelo economista da instituição, Aurélio Bicalho.

Ele explica que as vendas de carros caíram muito em setembro, derrubando o crescimento do setor como um todo. Excluindo os veículos da análise, o resultado é de crescimento do varejo, mas ainda muito concentrado em setores como o de supermercados. “A antecipação das compras de carros devido à expectativa do fim do IPI mais baixo em agosto teve um efeito negativo no mês seguinte, e mais intenso do que o esperado”, diz o relatório.

Mesmo assim, o setor, incluindo os automóveis, deve ter crescimento no terceiro trimestre. Esse é mais um sinal da recuperação, segundo o Itaú. “Para outubro, esperamos uma expansão das vendas no varejo, com a retomada de crescimento do setor de carros.” De acordo com Bicalho, os números do IBC-Br de setembro não devem alterar a previsão de crescimento do banco para o PIB no terceiro trimestre, que é de 1,2%.

O desempenho da economia é fundamental para a definição das taxas de juros do mercado, uma vez que o governo tenta de todas as formas incentivar a atividade com taxas baixas.

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