Economia

Para Azul, preço de bilhete na Copa depende da Anac

Presidente da Azul lembrou que, durante a Copa, viagens corporativas, que respondem por fatia significativa da demanda das aéreas, devem ter queda significativa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 15h54.

São Paulo - O fundador e presidente da Azul Linhas Aéreas, David Neeleman, disse nesta quarta-feira, 30, que a redução do preço das passagens aéreas na Copa de 2014 dependerá de a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) permitir um número maior de voos em algumas rotas, especialmente naquelas com destino às capitais que sediarão os jogos no Brasil.

"Onde tem um jogo, vai ter muita gente querendo ir pra lá, mas o resto das rotas da nossa malha será vazio, então é claro que temos que ganhar um pouco mais de dinheiro (nesses voos que levam às cidades-sede), mas se pudermos redirecionar mais das nossas aeronaves para voar nessas rotas, podemos baixar os preços", disse.

Ele lembrou que, durante a Copa, as viagens corporativas, que respondem por fatia significativa da demanda das aéreas, devem ter queda significativa. "É simples, se você pode ganhar mais dinheiro, mas não pode voar mais para lá porque não te dão direito, terá que cobrar mais, é lei da oferta e demanda", completou.

Neeleman reforçou o pedido feito pelas companhias aéreas, por meio da associação que representa o setor, a Abear, para flexibilizar a malha aérea das companhias nos dias da Copa. A

sugestão da entidade é que a Anac autorize voos extras ou redução de outras rotas com mais agilidade do que normalmente acontece. Pelas regras em vigor, as aéreas devem solicitar uma nova frequência ou rota 30 dias antes de operar o voo em questão.

A solicitação da Abear é que, do período de 10 dias que antecede a Copa a até 10 dias depois do evento, esses pedidos possam ser feitos com até 24 horas de antecedência, tendo em vista, principalmente, a definição dos jogos a partir da segunda etapa da competição.

Segundo Neeleman, os voos para Fortaleza têm potencial para serem os mais caros durante a Copa. "Seria melhor se não houvesse jogos do Brasil lá, porque é muito longe e tem poucos voos", comentou. O empresário avalia que a forte demanda aérea na Copa será para as cidades onde a seleção brasileira jogará, como São Paulo, Fortaleza e Rio de Janeiro. Para os demais destinos, onde jogos também serão realizados, ele não prevê grande aumento de vendas de passagens.

Infraestrutura

Neeleman minimizou as preocupações com a conclusão nas obras de expansão dos aeroportos, particularmente dos concedidos à iniciativa privada (Guarulhos, Galeão e Brasília), mas criticou a demora na aprovação de algumas obras, defendendo maior celeridade no processo. "Eles (os aeroportos privatizados) estarão prontos em maio, mas têm que ser aprovados; o governo tem que fazer a sua parte para aprovar esses aeroportos, espero que corram ao lado deles, para que quando os terminais forem entregues possamos usá-los no dia seguinte."

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