Economia

Para 75%, Bolsonaro tem responsabilidade na alta dos preços, diz Datafolha

Maioria dos brasileiros também afirma que governo é responsável pelo desemprego no país

Presidente Jair Bolsonaro (Alan Santos/PR/Flickr)

Presidente Jair Bolsonaro (Alan Santos/PR/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 20 de setembro de 2021 às 13h00.

Última atualização em 20 de setembro de 2021 às 13h02.

Para três em cada quatro brasileiros, o governo Bolsonaro tem responsabilidade pela alta da inflação nos últimos meses e para 71% também é ao menos parcialmente responsável pelo aumento do desemprego no país, de acordo com levantamento feito pelo Datafolha.

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No tocante à inflação, que já chegou aos 9,68% no acumulado em 12 meses até agosto segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 41% dos entrevistados afirmam que o governo de Jair Bolsonaro tem muita responsabilidade pelo aumento dos preços. Outros 34% dizem que o governo tem um pouco de responsabilidade. Para 23%, não tem nenhuma, e 2% não sabem.

Entre os brasileiros que classificam a gestão de Bolsonaro como ótima ou boa, 30% reputam ao presidente muita responsabilidade pela subida de preços e 45%, alguma responsabilidade.

O instituto também mediu a perspectiva da população em relação ao comportamento da inflação no futuro. Para 69%, os preços vão continuar a subir daqui para a frente. Outros 15% dizem que devem ficar como está e apenas 12% veem tendência de queda.

 

 

Ao abordar o desemprego, 39% dos consultados afirmam que Bolsonaro tem muita responsabilidade na alta do número de pessoas sem trabalho nos últimos meses. Para 32%, o governo tem um pouco de responsabilidade, ao passo que 27% não o veem como responsável pela situaçao e 2% não sabem.

A maioria da população (54%) diz acreditar que o desemprego deve aumentar no futuro. Para 25%, deve ficar como está e 19% veem tendência de queda.

A taxa de desemprego do país é de 14,1%, de acordo com dados do segundo semestre deste ano divulgados na PNAD Contínua pelo IBGE. Há no país 14,4 milhões de desocupados e 5,6 milhões de desalentados (os que já desistiram de procurar trabalho).

A pesquisa foi realizada presencialmente com 3.667 pessoas maiores de 16 anos em 190 municípios entre os dias 13 e 15 de setembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. As respostas foram estimuladas.

 

 

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