'Ele não quis tornar isso público na ocasião porque não pretendia que fosse uma questão de debate, trata-se de uma escolha pessoal', disse um colaborador de Papademos (Yannis Behrakis/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2012 às 11h20.
Atenas - O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, não cobrou por seu trabalho desde que chegou à chefia do governo em novembro do ano passado, pois renunciou voluntariamente a seu salário diante da grave crise que o país atravessa.
A informação foi confirmada à Agência Efe nesta quinta-feira em Atenas por um colaborador de Papademos, depois que o governante a revelou à imprensa alemã no dia anterior, durante uma viagem a Bruxelas.
'Ele não quis tornar isso público na ocasião porque não pretendia que fosse uma questão de debate, trata-se de uma escolha pessoal', afirmou nesta quinta seu colaborador, que solicitou o anonimato.
O salário do primeiro-ministro ronda os 105 mil euros brutos anuais, detalhou a mesma fonte.
Há duas semanas, o presidente grego, Karolos Papoulias, renunciou a seu salário de 400 mil euros anuais, o que considerou um 'gesto simbólico e solidário com o povo' de um país com uma enorme dívida pública (que supera os 360 bilhões de euros) e no qual o salário mínimo foi reduzido, por indicação de Bruxelas, para 585 euros brutos.