Economia

Papa Francisco autoriza que Banco do Vaticano tenha auditores externos

O órgão, instituído em 1942 por Pio XII, garante a custódia e a administração dos bens e imóveis do Vaticano e de contas de funcionários

Papa Francisco: até então, banco do Vaticano tinha apenas auditores internos (Yara Nardi/Reuters)

Papa Francisco: até então, banco do Vaticano tinha apenas auditores internos (Yara Nardi/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de agosto de 2019 às 17h17.

Roma - O papa Francisco renovou os estatutos do Instituto para as Obras de Religião (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano, introduzindo a figura um auditores externo de contas, dentro das normas internacionais, informou a Santa Sé neste sábado.

O órgão, instituído em 1942 por Pio XII, garante a custódia e a administração dos bens imóveis transferidos e doados ao IOR, por pessoas físicas e jurídicas, destinados a obras de caridade, além de administrar contas bancárias de funcionários e autoridades do Vaticano.

Em uma disposição publicada hoje, o papa renovou por dois anos os estatutos do IOR, que foram aprovados em 1990 por João Paulo II.

Entre as principais novidades está a implantação da figura de um auditor externo, que poderá ser uma pessoa física ou uma empresa, por isso, acabam a figura de três auditores internos que havia no Banco do Vaticano, cujos cargos eram renováveis.

A Comissão de Cardeais será responsável por nomear os auditores, que atuarão pelo período de três exercícios financeiros consecutivos, em mandato que poderá ser renovado apenas uma vez.

Com a renovação dos estatutos, os órgãos do IOR terão quatro órgãos: a Comissão de Cardeais, composta por cinco cardeais designados por Francisco; o Conselho de Superintendência que passa de cinco para sete integrantes; o Prelado; e o Conselho de Administração, com a figura de um diretor-geral.

Neste último, em que o responsável pode ser nomeado por cinco anos, com uma única renovação ou ter mandato sem prazo definido, a novidade é que o tempo no cargo será encerrado quando se alcançar os 70 anos.

O Banco do Vaticano publicou em junho deste ano os resultados econômicos de 2018, com a divulgação de lucro de 17,5 milhões de euros (R$ 77,2 milhões), o que representa queda de 45% com relação aos 12 meses anteriores.

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