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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.
O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, anunciou hoje (23/6) que a meta de inflação para 2007 será de 4,5%, mesmo valor fixado para 2006. O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu as margem de tolerância em 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Mesmo que haja mudança no governo depois das eleições do próximo ano, as metas definidas hoje são de grande importância para o mercado, já que a política monetária opera naturalmente com certa defasagem. Ou seja, as metas para 2007 deverão guiar as medidas econômicas de 2006. A meta para este ano é de 5,1%.
Segundo Palocci, a experiência internacional tem mostrado que, idealmente, a inflação deve ficar abaixo dos 5%. Mas esse não é o único motivo para a meta de 4,5%. "Esse número permite um crescimento sustentável da economia", diz o ministro.
Palocci reforçou a importância de se definir metas de longo prazo, mas admite que essa é uma tarefa que não cabe à administração atual, e sim à sociedade. "Os compromissos que cabem a este governo nós temos cumprido. Já as metas de longo prazo dependem de compromissos registrados em lei", disse.
Quanto à crise política, Palocci negou que medidas econômicas sejam adotadas para "blindar" o governo das acusações. "Eventuais falhas éticas devem ser tratadas pelas instituições competentes. Problemas no campo político se resolvem no campo político".
No entanto, o ministro afirmou que, ao criar um "sistema imunológico" na economia, o Brasil consegue atravessar traumas sem maiores abalos. "Foi assim com a política adotada pelo Fed [banco central americano, que adotou um gradual aperto monetário] recentemente, que atingiu os países emergentes, e também com a guerra do Iraque", disse Palocci.