Economia

Países pobres precisam de US$ 400 bi em ajuda climática

Estudo mostra que países ricos precisam destinar US$ 400 bilhões por ano ao mundo em desenvolvimento até 2050 para ajudar a combater as mudanças climáticas


	Gases causadores do efeito estufa: soma anual exigida poderia chegar a US$ 2 trilhões
 (REUTERS/Vasily Fedosenko)

Gases causadores do efeito estufa: soma anual exigida poderia chegar a US$ 2 trilhões (REUTERS/Vasily Fedosenko)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 20h04.

Londres - Os países ricos precisam destinar pelo menos US$ 400 bilhões por ano ao mundo em desenvolvimento até 2050 para ajudar a reduzir os gases do efeito estufa e combater as mudanças climáticas, segundo um estudo que aponta a necessidade de quadruplicar a ajuda prometida.

A soma anual exigida poderia chegar a US$ 2 trilhões, segundo o estudo realizado por acadêmicos de duas divisões da London School of Economics. Como comparação, os países mais ricos, incluindo EUA, Japão e membros da União Europeia, prometeram entregar um total anual de US$ 100 bilhões até 2020.

“As metas financeiras para o clima com as quais os países ricos se comprometeram são muito pouco ambiciosas”, escreveram os pesquisadores no estudo publicado na segunda-feira.

“As transferências nunca excedem 1 por cento a 2 por cento do produto interno bruto para países e regiões de alta renda em qualquer uma das projeções de modelo. É improvável que o custo para os países de alta renda, embora substancial, seja proibitivo”.

O financiamento do clima é um elemento-chave das negociações entre mais de 190 países que tentam elaborar até o final do ano um novo acordo para combate às mudanças climáticas, que entrará em vigor em 2020.

Os países em desenvolvimento argumentam que precisam do dinheiro para adotar medidas caras necessárias para reduzir as emissões e combater os efeitos do aumento das temperaturas que já estão sendo observados.

Entre esses efeitos estão a elevação dos níveis do mar, secas mais frequentes e ondas de calor.

Os autores do estudo examinaram os custos da redução das emissões dos gases de efeito estufa para um nível que frearia o aquecimento desde a Revolução Industrial até a meta de consenso global de 2 graus Celsius.

Eles elaboraram uma fórmula para distribuir os custos “de forma igualitária” de acordo com a produção econômica de cada país.

O estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Grantham sobre Mudanças Climáticas e Meio Ambiente, da LSE, e pelo Centro ESRC sobre Economia e Políticas para as Mudanças Climáticas, uma entidade de pesquisa mantida em conjunto pela LSE e pela Universidade de Leeds, do norte da Inglaterra.

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