Economia

Países mais pobres permanecerão como motor do crescimento

Segundo ONU, perspectivas para países mais pobres que as nações em desenvolvimento é de crescimento de 4,5% a 5% em 2013


	Robôs soldam aço em uma fábrica no Japão: economias do mundo rico conseguirão crescimento de apenas 1%
 (Koichi Kamoshida/Bloomberg)

Robôs soldam aço em uma fábrica no Japão: economias do mundo rico conseguirão crescimento de apenas 1% (Koichi Kamoshida/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 16h58.

Genebra - Países ex-comunistas e em desenvolvimento como o Brasil e a Rússia avançam para um crescimento muito mais rápido neste ano do que o mundo desenvolvido, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira, o que significa que continuarão como o principal motor da economia mundial.

A agência de comércio e desenvolvimento da ONU, Unctad, afirmou em sua pesquisa anual de economia global e perspectivas para países mais pobres que as nações em desenvolvimento crescerão 4,5 por cento a 5 por cento em 2013, enquanto as economias do mundo rico conseguirão crescimento de apenas 1 por cento.

As chamadas economias em transição - antigos regimes comunistas como Rússia, Ucrânia, Cazaquistão, Azerbaidjão e a maioria das ex-repúblicas soviéticas na Ásia Central e no Cáucaso - devem crescer 2,7 por cento, de acordo com Relatório de Comércio e Desenvolvimento de 2013.

Os dois grupos, que entre seus membros mais ricos têm os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), registraram taxas de crescimento similares em 2012, embora os países em transição comecem a crescer menos rapidamente.

O desempenho econômico geral desses países significa, segundo a Unctad, que vão continuar no futuro previsível a ser os principais motores da economia mundial, contribuindo com cerca de dois terços do crescimento global deste ano.

Em muitos desses países, cujas economias dependem do comércio, "o crescimento tem sido conduzido mais pela demanda doméstica do que por exportações, uma vez que a demanda externa das economias desenvolvidas permaneceu fraca", de acordo com o relatório.

Na América Latina e no Caribe, segundo a Unctad, o crescimento - também conduzido pela demanda doméstica - deve permanecer estável em cerca de 3 por cento com provavelmente a desaceleração no México sendo compensada por uma retomada na Argentina e no Brasil.

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