Economia

Países latinos carecem de formação superior, diz fundação

Fundação Euro-América afirma que os países da região estão encontrando "carências em nível de formação superior e pós-graduação"


	Diploma: a América Latina pode aprender com as experiências europeias de formação e mobilidade, disse fundação
 (foto/Thinkstock)

Diploma: a América Latina pode aprender com as experiências europeias de formação e mobilidade, disse fundação (foto/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 17h50.

Madri - A relação da Europa com a América Latina é "muito igualitária", mas ambas as regiões podem aprender com uma colaboração mútua, afirmou nesta segunda-feira a diretora geral da Fundação Euro-América, Luisa Peña, que ressaltou as "carências de formação" dos países latino-americanos.

Os países da América Latina têm um "bom desenvolvimento e uma evolução econômica", mas estão encontrando "carências em nível de formação superior e pós-graduação", setor em que a Europa pode contribuir, segundo Peña.

"Temos muito o que aprender e também muito a receber", disse Peña à Agência EFE, ao explicar que a América Latina pode aprender com as experiências europeias de formação e mobilidade (como o programa Erasmus) e do sistema que fomenta o vínculo entre universidade e empresa.

De acordo com a diretora da entidade, a Europa também precisa aprender com os países latinos a "superar crises", já que, em sua opinião, estão em "uma situação mais estável" que os europeus.

O objetivo desta fundação é, segundo Peña, "estreitar relações entre América e Europa" e "ser útil", embora reconheça que "as atividades focam principalmente na América Latina".

A Fundação Euro-América é uma organização europeia privada, independente e sem fins lucrativos criada em 1999 com "a expansão das empresas espanholas na América Latina", explicou a diretora.

Na quinta-feira será realizado na sede espanhola da Comissão Europeia, em Madri, o VIII Seminário Internacional UE-América Latina, que abordará a inovação e as novas tecnologias a serviço da educação.

A diretora explicou que os temas que costumam ser abordados nestes fóruns, organizados anualmente, têm a ver com relações comerciais, infraestruturas, tecnologia, economia e tecnologia da informação e comunicação.

Esta instituição europeia já realizou 17 conferências internacionais; duas nos Estados Unidos e 15 em países da América Latina como Argentina, Brasil, Colômbia, México, Chile, Panamá e Peru, entre outros.

Para Peña, é "muito gratificante" o resultado destes fóruns, que estimulam a cooperação e o entendimento entre instituições, empresas e personalidades europeias e latino-americanas, especialmente do setor privado.

Nos dias 21 e 22 julho a instituição realizará um fórum "multissetorial", em Santiago, que será finalizado pela presidente chilena Michelle Bachelet e contará com a presença de pelo menos sete ministros e de personalidades europeias da Comissão e do Parlamento Europeu.

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