trabalhador da construção civil (Rogério Montenegro/Exame)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2011 às 21h49.
Brasília - O Brasil atingiu um estágio de crescimento em que precisa gerar novas capacidades produtivas, tecnológicas e de mão de obra para manter uma trajetória saudável de expansão da sua economia. A opinião é do professor de economia da Universidade de Campinas (Unicamp) Claudio Salvadori Dedecca, que participou do debate "Crescimento Econômico e Distribuição de Renda no Brasil", realizado hoje sede da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap), na capital paulista.
"O Brasil conseguiu transformar os últimos anos de crescimento da economia mundial em aumento da sua capacidade produtiva, tecnológica e humana. Isso permitiu o fortalecimento do mercado interno, reduzir o desemprego e a informalidade. Mas a continuação desse movimento é de outra natureza, porque precisamos gerar capacidades novas", disse.
Para Dedecca, o Brasil precisa desenvolver novas políticas de estímulo à expansão econômica e social do País para que não veja um crescimento "de natureza medíocre" nos próximos anos. De acordo com ele, programas recentemente anunciados pelo governo federal, como o Plano Brasil Maior e o Brasil sem Miséria, sinalizam enfrentamento de problemas crônicos, entre eles má qualificação do trabalhador, baixo investimento em inovação e pobreza.
"No entanto é preciso uma maior articulação entre esses programas. Temos a política industrial separada da política agrícola e da política de inovação, por exemplo. É preciso uma maior sinergia desses vetores para mudar o crescimento econômico nacional", explicou.