Economia

País agirá para evitar bolhas, diz BC

Berlim - O risco de bolha sobre o preço dos ativos, cogitado pelo Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, existe, mas não afeta apenas países emergentes, e sim o mundo inteiro. A análise foi feita ontem, em Berlim, pelo presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. Segundo ele, para atenuar seus riscos, o Brasil deverá […]

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 12h45.

Berlim - O risco de bolha sobre o preço dos ativos, cogitado pelo Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, existe, mas não afeta apenas países emergentes, e sim o mundo inteiro. A análise foi feita ontem, em Berlim, pelo presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. Segundo ele, para atenuar seus riscos, o Brasil deverá adotar já em 2010 as novas recomendações do Comitê da Basileia, que votará na próxima semana uma regulação mais rígida sobre o mercado financeiro.

O temor de que uma bolha sobre o preço dos ativos esteja se formando sobre o Brasil foi levantado por Krugman na quarta-feira. Referindo-se à euforia dos mercados financeiros em relação ao País, o expert da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, alertou: "O Brasil está indo muito bem, mas isso não quer dizer que vá se tornar superpotência econômica no ano que vem. Os mercados, porém, estão agindo como se isso fosse ocorrer".

Para Meirelles, o risco existe em decorrência do alto nível de liquidez da economia americana "e de outras economias", situação que "favorece a distorção na precificação dos ativos". "É útil todo alerta de que investidores devem prestar cada vez mais atenção e tomar cuidado na precificação de suas compras", analisou.

O presidente do BC disse ainda que as bolhas anteriores foram fomentadas em parte pela aceitação, pelos investidores, de níveis de preços "claramente não sustentáveis". Meirelles lembrou ainda que o sobrepreço por excesso de liquidez pode incidir sobre ativos diversos, como commodities, imóveis, bolsas de valores e taxas de câmbio. "É muito importante que esse excesso de liquidez não seja sancionado pelos países que possam ser receptáculos", ressaltou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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