Economia

Padilha nega ruído entre governo e Banco Central e diz que debate do juro é garantido em lei

De acordo com Padilha, há diálogo entre as duas partes - governo e BC - e a prova de que não haveria ruído seria a ata do Copom reconhecendo a melhora do cenário fiscal

Alexandre Padilha: "Reduzir juros é um tema do país" (Secretaria das Relações Institucionais/Divulgação)

Alexandre Padilha: "Reduzir juros é um tema do país" (Secretaria das Relações Institucionais/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de fevereiro de 2023 às 16h32.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, voltou a negar a existência de qualquer ruído entre o governo federal e o Banco Central. De acordo com o articulador político do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o debate sobre reduzir a taxa de juros no País, protagonizado pela cúpula petista, é algo garantido pela lei de autonomia do BC.

"Lula traz uma discussão que não só ele traz, empresários trazem analistas econômicos. Por que o Brasil tem que ter taxa de juros tão elevada quando comparada com o resto do mundo?", afirmou em entrevista à CNN Brasil. "Esse debate é válido", acrescentou, reiterando que o governo não tem a ideia de reverter a autonomia.

Padilha também descartou novamente que haja pressão sobre o BC. "É um debate público", avaliou. "Reduzir juros é um tema do país", complementou. "A própria lei da independência do BC estabelece objetivos claros: o BC tem que fomentar o pleno emprego, garantir a estabilidade econômica, suavizar flutuações na atividade econômica e eficiência no sistema financeiro. A lei traz mecanismos para que quem esteja no BC, presidente e diretores, possa prestar contas à sociedade, à imprensa; um dos mecanismos de prestação de contas é vir ao Congresso Nacional", seguiu, destacando que os compromissos do BC precisam ser perseguidos.

De acordo com Padilha, há diálogo entre as duas partes - governo e BC - e a prova de que não haveria ruído seria a ata do Copom reconhecendo a melhora do cenário fiscal se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguir aprovar seu pacote econômico.

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