Petrobras: Ministério da Fazenda recentemente ganhou um assento no Conselho da empresa (Mateus Bonomi/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 8 de abril de 2024 às 17h44.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira, 8, que não tem participado das reuniões sobre a Petrobras. Ele foi questionado no período da tarde desta segunda sobre a estatal após deixar reunião na residência oficial do Senado com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
"Sobre a Petrobras é muito fácil, eu comento brevemente. Eu não participei de nenhuma discussão sobre a Petrobras. Esse é um tema afeito ao ministro de Minas e Energia (Alexandre Silveira), ao ministro da Casal Civil (Rui Costa). Eles estão discutindo e são ministérios que participam do Conselho da Petrobras", declarou Padilha.
O Ministério da Fazenda recentemente ganhou um assento no Conselho da empresa e indicou o secretário executivo adjunto da pasta, Rafael Dubeux, para a função.
Lula havia convocado uma reunião para discutir a crise envolvendo a Petrobras, em meio aos ruídos sobre a possibilidade de saída do presidente da estatal, Jean Paul Prates, na noite do domingo, mas cancelou a reunião após ficar irritado com o vazamento do encontro.
Desde a semana passada, após os rumores sobre a saída de Prates, passou a se especular em Brasília quem poderia assumir o posto. O nome do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, aparece, até o momento, como o mais cotado.
Haddad: Quem decide sobre dividendos é a Petrobras e assunto está encaminhado pelos diretoresNão está descartada, no entanto, a possibilidade de manutenção do atual presidente da Petrobras no cargo e de costura de um "meio-termo" para apaziguar os ânimos entre integrantes do governo.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), um arranjo alternativo seria Mercadante na presidência do Conselho da estatal, mediando conflitos entre a diretoria e demais integrantes indicados pelo Poder Executivo, enquanto Prates manteria o cargo, mas com foco na parte operacional da empresa.