Economia

Padilha diz que governo aceita alterar texto da reforma por votos

A alteração, porém, não pode tocar em dois pontos considerados "inegociáveis" pelo governo

Pailha: "Em princípio, o nosso texto é o relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA)", disse o ministro (Ueslei Marcelino/Reuters)

Pailha: "Em princípio, o nosso texto é o relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA)", disse o ministro (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 17h36.

Brasília - No esforço para tentar aprovar o projeto de reforma da Previdência, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu que o governo aceita alterar o texto a ser votado no Congresso para tentar atrair mais votos.

A alteração, porém, não pode tocar em dois pontos considerados "inegociáveis" pelo governo: idade mínima e unificação dos sistemas para adoção do limite dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS).

"Em princípio, o nosso texto é o relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA)", disse o ministro, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, ao responder questão sobre eventual espaço para ajustar o texto. "Porém, se mostrarem por A, B ou C que nos garantem votos para aprovar, aí é possível que se faça alguma mudança", admitiu o ministro, ao destacar os dois pontos considerados "inegociáveis".

Nesse trecho da entrevista, o ministro voltou a afirmar que o presidente Michel Temer tem defendido que o projeto de reforma deve ser votado em fevereiro. "Temer tem dito que quer em fevereiro encerrar esse assunto", disse Padilha. "Governo quer liquidar em fevereiro e nossa disposição é votar. Agora, vamos deixar claro que quem faz a pauta da Câmara é o presidente Rodrigo Maia", completou.

Eliseu Padilha nota que o governo e o próprio presidente Temer têm se esforçado para tentar evitar que não ocorra no Brasil o que aconteceu em países como a Grécia, onde aposentados tiveram redução do benefício.

"Nem é preciso ir tão longe. É só olhar o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro que não está pagando (servidores) em dia", disse. "Passou o tempo em que se imaginava que o governo sempre traria uma solução. Não tem solução", comentou.

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