Economia

Pacheco derruba reoneração dos municípios e prorroga MP 1.202 por mais 60 dias

Em sua decisão, Pacheco afirma que "o poder de editar medidas provisórias não pode ter o condão de frustrar prontamente uma decisão tomada pelo Poder Legislativo

Pacheco: decisão veio porque, a partir desta segunda-feira, 1º, passaria a ser aplicada a reoneração da folha de pagamentos dos municípios prevista na MP 1.202 (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Pacheco: decisão veio porque, a partir desta segunda-feira, 1º, passaria a ser aplicada a reoneração da folha de pagamentos dos municípios prevista na MP 1.202 (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 1 de abril de 2024 às 18h36.

Última atualização em 1 de abril de 2024 às 18h45.

O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu retirar da medida provisória 1.202 o dispositivo que tratava da reoneração da alíquota previdenciária de municípios de até cerca de 140 mil habitantes. Em despacho assinado nesta segunda-feira, 1º, Pacheco prorrogou a MP por mais 60 dias, mas decidiu que o dispositivo específico sobre os municípios não será prorrogado.

Em sua decisão, Pacheco afirma que "o poder de editar medidas provisórias não pode ter o condão de frustrar prontamente uma decisão tomada pelo Poder Legislativo no processo de formação de uma lei, funcionando como uma etapa adicional e não prevista do processo legislativo, de verdadeira revisão da rejeição do veto, em evidente conflito com o princípio da separação dos Poderes, entendimento também referendado pelo Supremo Tribunal Federal".

O presidente do Senado também reforça, no despacho, que, a "alteração do regime de desoneração da folha de pagamentos, tanto de setores econômicos quanto de municípios, deve ser veiculada por meio de projeto de lei".

A decisão de Pacheco veio porque, a partir desta segunda-feira, 1º, passaria a ser aplicada a reoneração da folha de pagamentos dos municípios prevista na medida provisória 1.202. A alíquota passaria de 8% para 20%.

Pacheco já havia prometido a prefeitos que não deixaria a reoneração prevalecer. Ao fim e ao cabo, caso o governo não tomasse uma posição, caberia a ele rejeitar esse trecho específico da MP.

O Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda já chegaram a um acordo com o Congresso para que as mudanças no Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e na desoneração dos municípios sejam discutidas por projeto de lei. Apesar disso o governo não encaminhou nenhum novo ato para revogar os trechos da MP 1.202 que trazem novas regras para esses dois setores.

Acompanhe tudo sobre:Rodrigo PachecoGovernoCâmaras municipais

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês