Economia

Pacaembu na Copa de 2014 depende do setor privado

Presidente do Comitê Executivo de SP para o Mundial diz que propostas de empresas para reformar o estádio são bem vindas

Prefeitura diz que não dará nenhum centavo dos aproximados 500 milhões necessários para reformar o estádio (.)

Prefeitura diz que não dará nenhum centavo dos aproximados 500 milhões necessários para reformar o estádio (.)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2010 às 18h50.

São Paulo - Depois da exclusão do Morumbi, o Estádio do Pacaembu pode entrar na lista daqueles que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014. Tudo depende do interesse da iniciativa privada em arcar com as despesas de reformas necessárias para adaptar a arena às exigências internacionais. "Se as empresas quiserem apresentar uma proposta, serão bem vindas", diz Caio Luiz de Carvalho, presidente do Comitê Executivo da cidade de São Paulo para o Mundial.

A prefeitura de São Paulo diz que o projeto do Pacaembu é viável. Para transformar o estádio em uma arena com condições de receber um jogo de Copa do Mundo, as obras custariam algo entre 400 e 500 milhões de reais. Entretanto, a posição da administração municipal é a de que nenhum centavo do dinheiro público será injetado nas obras, sejam do Pacaembu, sejam de qualquer outro estádio.

"Não vamos gastar dinheiro em um estádio que depois será um grande elefante branco", diz Carvalho, referindo-se, inclusive, ao projeto de construção de uma arena em Pirituba, na grande São Paulo.

Dessa forma, o caminho para inserir o Pacaembu na lista dos estádios do Mundial de 2014 teria de ser traçado pela iniciativa privada. As construtoras Odebrecht e PW chegaram a apresentar projetos para a prefeitura, mas nada foi definido. Para que haja aprovação do governo da cidade, é preciso que o projeto contenha um documento comprovando a viabilidade financeira da obra, o que ainda não aconteceu.

Entretanto, mesmo que a reforma seja confirmada, o Pacaembu não será palco da abertura da Copa. A Federação Internacional de Futebol (FIFA, na sigla em inglês), exige uma capacidade mínima de 60 mil lugares. O estádio paulista chegaria a apenas 42 mil, podendo abrigar jogos da primeira fase do Mundial.

Apesar da polêmica, Carvalho afirma que a cidade não será excluída do torneio. "A FIFA e a Copa precisam de São Paulo. Nada vai se consolidar antes de junho do ano que vem. Temos vários caminhos pela frente. O Ricardo Teixeira (presidente da Confederação Brasileira de Futebol) declarou que há investidores interessados nos estádios de São Paulo. Vamos esperar ele voltar da África do Sul para ver isso."

Leia mais: Com Morumbi fora, cresce chance de estádio em Pirituba para Copa 

Acompanhe tudo sobre:América Latinacidades-brasileirasCopa do MundoDados de BrasilEsportesFutebolInfraestruturaMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Economia

Morre Ibrahim Eris, um dos idealizadores do Plano Collor, aos 80 anos

Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

Petróleo lidera pauta de exportação do país no 3º trimestre

Brasil impulsiona corporate venturing para atrair investimentos e fortalecer startups