Escritórios em São Paulo: executivos ficaram mais pessimistas ao longo de 2013 (Germano Lüders/EXAME.com)
João Pedro Caleiro
Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 17h37.
São Paulo - O nível de otimismo do empresário brasileiro teve queda livre em 2013, de acordo com o International Business Report da Grant Thornton.
No primeiro trimestre do ano, o índice de otimismo do Brasil estava em 48%, acima da média global de 27%.
No último trimestre, o índice global continuou no mesmo patamar, mas o brasileiro foi para 10%.
A queda de 38 pontos percentuais levou o Brasil do 22o para o 32o lugar entre as 44 nações pesquisadas. O estudo é feito com 12.500 empresas, sendo 300 brasileiras.
Perspectivas
Apesar do pessimismo, a maioria dos empresários acredita que 2014 será um ano com mais receita e lucratividade, ainda que hesitem em relação a novos investimentos.
64% preveem aumento das receitas de suas empresas - 7 pontos percentuais a menos do que no trimestre anterior, mas acima da média global de 52%.
57% acreditam que vão elevar a lucratividade, também acima da média global (40%).
Só 22% citam novos investimentos, um pouco acima da média global (19%), mas abaixo do número do terceiro trimestre (28%)
Os maiores entraves citados são a burocracia, com 53%, e a incerteza econômica, com 48%.
Mundo
De forma geral, 2013 foi um ano em que o otimismo cresceu no G7 (de -16% para 28%) e caiu nos BRICS (de 39% para 22%).
Os empresários das Filipinas e Emirados Árabes são os mais otimistas do mundo, com 90%. Em seguida vêm Peru (84%) e Indonésia (78%).
7 países têm índices negativos. Os mais pessimistas são os franceses (-38%), seguidos pelos gregos e tailandeses (-20%).