São Paulo - Quando se pensa em participação feminina na força de trabalho, os primeiros países que vêm à mente são aqueles ricos e conhecidos pela maior igualdade de gênero (como os nórdicos). Mas os dados surpreendem: na verdade, os quatro únicos países com uma proporção maior de mulheres do que de homens trabalhando ou procurando
emprego são todos africanos, segundo um
relatório recente do Fórum Econômico Mundial. Isso não significa que estes são os países onde as mulheres vivem melhor ou experimentam mais igualdade, e sim que não há uma relação direta entre
renda per capita e participação feminina na força de trabalho. A curva lembra um “U”: em países pobres, as mulheres precisam trabalhar por pura necessidade. Quando a renda (e a oferta de serviços públicos) melhora um pouco, elas podem sair do mercado de trabalho para se dedicar mais ao trabalho doméstico e aos filhos. Na medida que os níveis de renda avançam, a participação feminina volta a crescer – resultado de educação, baixa fertilidade, e acesso a serviços. Políticas governamentais e fatores culturais também contam muito, é claro. Com 20 pontos percentuais de diferença entre a participação de homens e mulheres, o Brasil está no meio do caminho - pior do que Estados Unidos e Peru mas na frente de Chile,
Itália e Japão. Veja o top 15: