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1. China responde por metade dos investimentos globais em renováveis
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São Paulo - Por trás da consolidação chinesa na primeira colocação está o alto investimento na indústria de energia eólica. O gasto da China com este segmento equivale à metade do total de investimento em novos projetos eólicos do resto do mundo.
Só no primeiro semestre de 2010, Pequim destinou 10 bilhões de dólares para projetos internos, de um total de mundial de 20,5 bilhões de dólares. Esse investimento pesado garantiu a predominância chinesa no setor - 50% de todas as turbinas movidas por vento no mundo que começaram a operar este ano estão instaladas na China. Diante deste cenário de políticas reforçadas de energia limpa, é previsto um investimento acumulado potencial para a China na próxima década de 620 bilhões de dólares, volume que deverá cobrir a instalação de mais 375 GW de energia renovável.
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2. Nos EUA, até o Google aposta em geração limpa
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2/10 (foto/Getty Images)
São Paulo - A repercussão prolongada da crise financeira, a queda no preço do gás e as incertezas a respeito de políticas ambientais de médio e longo prazo diminuíram o ritmo de investimento em energia renovável na terra do Tio Sam. Segundo o relatório da Ernst & Young, houve uma queda de 70% na construção de parques eólicos terrestres nos EUA em relação à 2009. Em contrapartida, os negócios em alto mar não se abalaram. Atualmente, um mega duto no valor de 5 bilhões de dólares já está em construção para conectar geradores de parques eólicos da Virgínia à Nova Jersey que, juntos, produzirão 6GW. O projeto tem financiamento do Google e de outros investidores. Em geral, projetos off-shore para os próximos anos somam mais de 5GW de potência. Iniciativas ambiciosas também atingem o setor solar. Segundo o relatório, os EUA aprovaram recentemente um projeto que promete ser o maior parque mundial de geração de energia pelo sol: o 1GW Blythe Solar Prower Project, previsto para 2013.
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3. Alemanha está bem servida de incentivos e trabalhos verdes
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São Paulo - Em se tratando de incentivo oficial, a Alemanha.não tem do que reclamar. Para os próximos anos, o governo promete um investimento vultuoso de 6,62 bilhões de dólares que deverão ser derramados em alto mar, em projetos de parques eólicos off-shore. Do setor privado, a gigante produtora de aerogeradores Vattenfall garante investir outro 1 bilhão de dólares em uma fazenda com capacidade instalada de 288MW a ser construída em 2012. As metas são ambiciosas. O governo alemão espera aumentar a participação das renováveis na matriz energética para 80% até 2050. Hoje, 16% da energia do país vem de fontes renováveis - o triplo do índice de 15 anos atrás, de 5%. A conversão para energia limpa garante não só a redução das emissões de gases nocivos ao planeta como a geração de novos postos de trabalho. Na última década, cerca de 300 mil vagas foram criadas no agitado mercado de energias renováveis do país.
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4. Índia aposta nos certificados de energia renovável, os Green Tags
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São Paulo - Em janeiro de 2010, o governo indiano lançou sua Missão Solar Nacional, um plano de 19 bilhões de dólares cuja meta é gerar 20 mil megawatts de eletricidade solar até 2022. Para garantir o sucesso do programa, o país definiu cotas de projetos a serem alcançadas por todos os estados indianos. Além disso, criou o sistema de Renewable Purchase Obligation (POR), que determina que as empresas distribuidoras de energia comprem uma quantidade determinada de energia renovável para a rede. O programa de POR se apóia no mecanismo de regulamentação do chamados certificados de energia renovável, os Green tags ou RECs, em sete estados indianos. Outros nove estados devem aderir, em breve, os RECs. Certificados de Energia Renovável são commodities de um mercado projetado para facilitar as transações entre compradores e vendedores de energia renovável.
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5. Reino Unido desbrava a energia eólica no alto-mar
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São Paulo - Como uma nação insular, o Reino Unido desfruta de poderosos recursos naturais para a geração de energia eólica e marinha. Até 2020, estão prometidos 2,5 bilhões de euros para projetos de energia renovável afim de garantir que o país alcance a meta de ter 15% de sua energia gerada por fontes renováveis. O montante deve se repartido em três frentes: na capitalização do Green Investment Bank; em uma planta experimental de captura e armazenamento de carbono (CCS) e em projetos de parques eólicos off-shore. Na cenário das políticas de reforço, o investimento acumulado potencial no Reino Unido para a próxima década é projetado para alcançar 134 bilhões de dólares, que devem alavancar a instalação de 44 GW de geração de energia renovável.
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6. Itália tem potencial de investimento em renováveis de Us$ 90 bi até 2020
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São Paulo - A Itália está se tornando um dos destinos mais atraentes para sistemas solares fotovoltaicos, que em pouco tempo devem atingir preços competitivos no mercado de geração e distribuição elétrica. Para isso, não faltam incentivos financeiros. A maior empresa italiana de energia renovável, a Enel Green Power (EGP), receberá um empréstimo de 580 milhões do Banco Europeu de Investimento (BEI) para a sua expansão no país. O empréstimo de 20 anos vai ajudar a financiar a instalação de 840 megawatts de capacidade por fontes eólica e fotovoltaicas. Segundo o relatório, a Itália tem um potencial de investimento acumulado para 2020 da ordem de 90 bilhões de dólares, o suficiente para a instalação de 47 GW de fontes renováveis, incluindo geotérmica.
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7. França quer diversificar sua matriz de energia limpa
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São Paulo - Em agosto, o governo francês lançou um programa de investimento em energia renovável que promete 1,79 bilhões de dólares para o setor nos próximos quatro anos. O montante será destinado em forma de subsídios e empréstimos para projetos de desenvolvimento de tecnologias limpas de alto custo, como solar, marinha, geotérmica, de captura e armazenamento de carbono e também para pesquisas de biocombustíveis e carros elétricos. O país pretende lançar até o ano que vem uma licitação pública para a instalação de um parque eólico em alto mar com 600 turbinas eólicas e capacidade instalada de 3GW, que deve demandar um investimento de cerca de 10 bilhões de euros.
Para 2020, o país pretende alcançar 6GW em capacidade de geração eólica off-shore.
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8. Espanha lidera produção de energia solar no mundo
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São Paulo - Após se tornar, em meados do ano, o maior produtor mundial de energia solar térmica com 432 MW instalados, a Espanha quer se manter na vanguarda da produção de energia renovável. Mais 16 projetos de geração fotovoltaica estão em construção e outros vintes seguem em análise. Os ventos também sopram positivamente para o país, que soma 727 MW em projetos eólicos. De acordo com o Instituto para Diversificação da Energia (IDEA), em 2020, cerca de 42,3% do total da geração de eletricidade virá de fontes renováveis. O país já é o segundo na Europa em maior capacidade instalada de geração eólica, com mais de 19.000 MW e em solar fotovoltaica com mais de 3.400 MW.
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9. Canadá aposta nos programas de feed-in-tariff para ampliar participação das renováveis
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São Paulo - O mercado canadense de energias renováveis e tecnologias limpas está ganhando cada vez mais importância. Para a próxima década, políticas nacionais prevêem um investimento no setor de 8 bilhões de dólares - valor 175% superior ao investido em 2010. Movidos pela necessidade de reduzir emissões, alguns estados canadenses tomam vêm tomando a dianteira na promoção das renováveis, incluindo as mais complexas de origem geotérmica. Quebec tem planos para desenvolver 14 GW de energia renovável até 2035, enquanto Ontário lançou um programa generoso de feed-in-tariff ,que permite, por exemplo, a rápida ampliação do uso de painéis fotovoltaicos em telhados de residências, prédios comerciais e indústrias para a alimentação da rede, bem como para o abastecimento em sistemas isolados.
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10. Em cinco anos, Portugal triplicou sua capacidade de geração limpa
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10/10 (Divulgação Pelamis Wave Power)
São Paulo - Com políticas de incentivo verde e metas ambiciosas, Portugal pretende ter 45% de toda sua produção energética bruta vinda de fontes renováveis até 2020, contra os 17% atuais, o que inclui o setor de transportes. Atualmente, dentro da produção elétrica renovável, as hídricas assumem um peso de 56,6%, as eólicas 33%, a biomassa 7,5% e a produção fotovoltaica, biogás e resíduos sólidos urbanos contribuem com o restante. Sede da primeiro parque de geração energética a partir das ondas do mar (o Pelamis Wave Power), Portugal viu sua capacidade instalada de geração limpa no país praticamente triplicar, entre 2004 e 2009, passando de 1,220MW para 4,307MW.