Economia

Os 10 países mais prósperos do mundo (e o Brasil em 52º)

Prosperidade está no seu maior nível em uma década, segundo ranking do Instituto Legatu; Brasil fica atrás de Colômbia e na frente da China

2º.	Nova Zelândia (Thinkstock/chrishowey)

2º. Nova Zelândia (Thinkstock/chrishowey)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 5 de fevereiro de 2017 às 08h00.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2017 às 08h00.

São Paulo - O que torna um país próspero?

Uma resposta pode ser encontrada no ranking de prosperidade lançado no final do ano passado pelo Instituto Legatum, um think tank privado britânico.

A metodologia, criado com a ajuda de gente como Angus Deaton, vencedor do Prêmio Nobel em Economia em 2015, pretende exibir não apenas uma foto, mas um filme.

149 países foram analisados ao longo de uma década em 9 pilares: qualidade econômica, ambiente de negócios, governança, educação, saúde, segurança, liberdades pessoais, capital social e meio ambiente.

Dados objetivos e subjetivos foram utilizados, com atenção especial para uma pergunta: quem consegue entregar ainda mais bem-estar aos seus cidadãos do que seria esperado dado seu nível de riqueza?

"Não é surpresa que o final da lista seja largamente dominado pelos países mais pobres do mundo enquanto o topo é dominado pelos mais ricos. Mas essa não é toda a história. A prosperidade é tanto sobre bem-estar quanto sobre riqueza", diz o texto.

A boa notícia é que após quedas importantes em 2008 e 2009, a prosperidade está no seu maior nível em uma década.

40% desse crescimento pode ser atribuído a China e Índia. Só 28 países tiveram queda de prosperidade no período; a maior delas foi na Venezuela.

Os 10 países mais prósperos são, na ordem: Nova Zelândia, Noruega, Finlândia, Suíça, Canadá, Austrália, Holanda, Suécia, Dinamarca e Reino Unido.

O Brasil fica em 52º, atrás de África do Sul (48º) e Argentina (49º) mas na frente de Colômbia (72º) e China (90º).

As melhores posições do país são nos quesitos liberdade pessoal (36º) e meio ambiente (28º), enquanto as piores são em segurança (89º) e ambiente de negócios (90º).

"O Brasil entrega o tanto de prosperidade que seria esperado dada sua riqueza. Um excedente crescente em Liberdade Pessoal e um déficit em queda na Segurança foram compensados negativamente por déficits maiores nos índices de Ambiente de Negócios, Governança e Saúde", diz o texto.

De forma geral, o relatório nota estagnação na América do Norte e grandes ganhos na Ásia e Pacífico, onde estão 4 dos 5 países que mais ganharam prosperidade (Camboja, Sri Lanka, Indonésia e Nepal).

O Oriente Médio continua a entregar menos prosperidade do que poderia a seus cidadãos e a África Subsariana vê a prosperidade crescer, ainda que fique abaixo da média mundial e tenha educação e saúde como grandes desafios.

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