Dubai, nos Emirados Árabes Unidos: país está na lista (Jason Alden/Bloomberg)
João Pedro Caleiro
Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 16h57.
Última atualização em 18 de janeiro de 2018 às 17h37.
Existem muitas maneiras de contar as riquezas de um país; a mais utilizada, claro, é o PIB – Produto Interno Bruto -, a soma de todos os bens de uma nação.
A empresa MoveHub, porém, gosta de utilizar uma outra abordagem: especializados em ajudar pessoas a mudar para outros países, eles realizam pesquisas esporádicas calculando o custo da locomoção, alimentação, mercados imobiliários e compras em geral para analisar o quão caro (ou barato) pode ser mudar-se para fora de seu próprio país.
Cada um desses tópicos gera um valor de 0 a 100, resultando em uma média – e, para termos de comparação, a companhia utiliza Nova York como a cidade de valor máximo (mesmo assim, os EUA acabam fora da lista, por causa do baixo custo de cidades do interior).
Com dados de 2017, a MoveHub calculou os 10 países mais caros para se viver no mundo. Confira a lista:
Luxuosa em cada esquina, este pequeno Estado soberano fica na Europa Ocidental e faz divisa com três países: Bélgica, França e Alemanha.
Passear pelas avenidas do Qatar é precisar se dividir entre olhar para o alto e perder os arranha-céus de vista e enxergar, no trânsito, Lamborghinis dividindo espaço com Ferraris. O emirado irá sediar a Copa do Mundo de 2022.
Localizado no Golfo Pérsico, os Emirados Árabes Unidos existem desde 1971 e englobam Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Qwain, Ras-al Khaimah e Fujairah.
Com três mil ilhas, cayos e ilhéus, este é um dos destinos mais procurados por turistas em todo o mundo, graças às suas belezas naturais de tirar o fôlego. Sua moeda, o dólar bahamense, tem o exato mesmo valor de um dólar americano.
É claro que países escandinavos estariam nessa lista. Considerado o melhor país para se viver em diversas listas no passar dos anos, a Noruega tem o melhor IDH do mundo, com uma área de 385 mil km² e 5,1 milhões de habitantes.
De acordo com o blog Singapore Life News, um pint de cerveja na cidade-Estado custa R$ 37,50. Então lembre-se: se você decidir passar as férias nesta região do Sudeste Asiático e tiver vontade de bebericar algo, é bom preparar o bolso.
O pequeno país que roubou a atenção do mundo durante a Eurocopa de 2016, graças ao seu status de zebra e uma torcida apaixonada – e muito engraçada – também é um lugar muito caro para se viver. O motivo? Com uma área muito pequena de solo fértil, o país precisa importar a maior parte de seus alimentos, aumentando muito seus custos.
Está surpreso com a aparição de Hong Kong na lista? Não deveria: Com 7,3 milhões de habitantes e uma área que não estava pronta para comportar um número tão grande de pessoas, morar em uma das duas regiões administrativas especiais da China (a outra é Macau) torna-se extremamente caro – mesmo com apartamentos minúsculos disponíveis.
Assim como a Noruega, a Suíça também é pintada como um “paraíso” (não apenas fiscal) para se morar, graças a um ótimo sistema de saúde e educação, além de uma ótima infra-estrutura. Mas tudo isso vem com um preço – que não é nem um pouco baixo.
É isso mesmo: a escala de 0 a 100 foi completamente ultrapassada pelo território britânico. Outro paraíso fiscal, Bermuda traz na sua capital, Hamilton, a cidade mais cara para se viver em todo o planeta. As belezas naturais podem compensar todo o gasto – se você tiver esse tipo de dinheiro, é claro.