Brasília - Para resolver os possíveis problemas com congestionamento em Brasília nos dias de jogos da Copa de 2014, uma operação logística que organize o trânsito já deve trazer resultados aceitáveis, avalia o coordenador de pesquisa do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes da UnB, Joaquim Aragão. "As pessoas vão saber datas e horários dos jogos com antecedência e será possível fazer uma programação para reduzir o número de carros da rua", acredita o professor.

Entre as principais obras para a Copa na capital federal está a construção do veículo leve sobre trilhos (VLT). Mas Aragão acredita que o trecho que liga o aeroporto ao Mané Garrinha (estádio onde ocorrerão os jogos) não deve ficar pronto até o mundial. "Mas isso não causará um pandemônio", disse ele.

As obras do VLT foram embargadas - pela terceira vez - na última sexta-feira (18) por determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Há falhas na documentação e o Iphan alega que parte do metrô leve passa por área tombada de Brasília. O Metrô-DF afirmou que já enviou versões atualizadas dos documentos exigidos pelo instituto e que as obras devem ser retomadas nos próximos dias.

Segundo Aragão, a verba do chamado "PAC da Copa" deveria ser destinada para resolver situações que ele julga mais graves como a de aeroportos e hotelaria. "Os investimentos devem ser feitos de forma pontual em áreas mais problemáticas. Muitas das nossas cidades estão deterioradas, não estão preparadas para receber um grande número de turistas", critica. Para ele "estão aproveitando a Copa para fazer investimentos que não fariam normalmente".

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