Economia

Orçamento de Defesa será o único a aumentar em 2018, diz Macron

A afirmação do presidente é uma tentativa de amenizar a crise de confiança desencadeada com o exército após o anúncio de cortes orçamentários

Emmanuel Macron: o presidente francês detalhou que a pasta terá uma verba de 34,2 bilhões de euros no próximo ano (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

Emmanuel Macron: o presidente francês detalhou que a pasta terá uma verba de 34,2 bilhões de euros no próximo ano (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de julho de 2017 às 11h43.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, tentou encerrar nesta quinta-feira a crise de confiança aberta com o exército pelos cortes que serão aplicados este ano ao assegurar que em 2018 o Ministério de Defesa será o único que terá seu orçamento aumentado.

Um dia após a demissão do general Pierre de Villiers como chefe do Estado Maior do Exército, descontente por esses cortes, Macron reafirmou na base aérea de Istres, no sudeste do país, seu compromisso de aumentar a dotação para o Ministério de Defesa até 2% do Produto Interno Bruto (PIB) no horizonte de 2025, frente ao 1,8% atual.

O presidente francês detalhou que em 2018 essa pasta terá uma verba de 34,2 bilhões de euros, frente aos 32,7 bilhões de euros de 2017.

A dotação deste ano se verá diminuída em 850 milhões de euros em relação ao que se esperava, dentro das medidas anunciadas no início do mês pelo governo francês para cumprir com o objetivo de reduzir o déficit público abaixo de 3% do PIB.

Essa redução esteve na origem da demissão de De Villiers, como ponto final de uma polêmica que se prolongou durante uma semana.

Macron insistiu hoje que "esse esforço de gestão" não terá nenhum impacto "nem sobre a estratégia, nem sobre as capacidades, nem sobre as forças" e advertiu contra qualquer novo esforço de contestação nas fileiras do exército, ao ressaltar que não aceitará "nenhum discurso de derrota a respeito".

No seu discurso, ao final de uma visita de mais de quatro horas à base de Istres, onde se encontra uma parte importante da força nuclear com projeção aérea, esteve acompanhado por sua ministra de Defesa, Florence Parly, e pelo recém-nomeado chefe do Estado Maior do Exército, François Lecointre.

Macron expressou a Lecointre "toda sua confiança" e indicou que respeita a decisão do seu predecessor, sobre quem disse que "foi um grande soldado" que dirigiu o exército "de forma brilhante".

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