Economia

Orçamento 2023: Relatório prevê R$6,8 bilhões para salário-mínimo e aumentos em verbas sociais

A expectativa de Castro é que o relatório seja votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na quinta-feira, 15, e analisado no plenário do Congresso na semana que vem

Economia Brasileira; PIB; Moeda (Getty Images/Getty Images)

Economia Brasileira; PIB; Moeda (Getty Images/Getty Images)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2022 às 13h13.

O relatório final do Orçamento de 2023, elaborado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), prevê R$ 6,8 bilhões para o aumento real do salário mínimo, promessa de campanha do presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O parecer também eleva os recursos para Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Defesa, Agricultura e programas sociais.

A expectativa de Castro é que o relatório seja votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na quinta-feira, 15, e analisado no plenário do Congresso na semana que vem.

Direcionamento do Orçamento de 2023

  • R$ 22,7 bilhões a mais para a Saúde;
  • R$ 11 2 bilhões a mais para a Educação;
  • R$ 75 bilhões a mais para o Ministério da Cidadania, responsável pela execução do Bolsa Família e outros benefícios;
  • R$ 500 milhões a mais para Defesa;
  • R$ 9,5 bilhões a mais para o Desenvolvimento Regional;
  • R$ 3,7 bilhões a mais para o Turismo.

LEIA TAMBÉM: PEC da Transição chega à Câmara nesta semana e pode ser votada na quarta

O relatório também reserva

  • R$ 5 bilhões a mais para a Ciência e Tecnologia;
  • R$ 1,75 bilhão a mais para o Ministério da Economia;
  • R$ 800 milhões a mais para a Justiça e Segurança Pública;
  • R$ 400 milhões a mais para a Ministério do Trabalho e Previdência;
  • R$ 126,4 milhões a mais para as Comunicações;
  • R$ 536 milhões a mais para o Meio Ambiente;
  • R$ 250 milhões a mais para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos;
  • R$ 10 milhões a mais para o Banco do Brasil;
  • R$ 5,75 bilhões a mais para encargos financeiros da União;
  • R$ 35 milhões a mais para a Presidência da República.

O senador levou em conta no relatório o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição da forma como foi aprovado no Senado.

A PEC, contudo, precisa do aval da Câmara, onde ainda não há consenso sobre as medidas. No domingo, Castro se reuniu com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do Orçamento.

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A PEC da transição, na forma como passou no Senado, amplia o teto de gastos - a regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação - em R$ 145 bilhões para pagar o Bolsa Família. Também retira do teto R$ 23 bilhões em receitas extraordinárias para financiar investimentos públicos, além de permitir a liberação do orçamento secreto ainda neste ano.

Para aprovar a proposta no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA) teve de anunciar, em nome de Lula, um acordo para reduzir a ampliação do teto de gastos de R$ 175 bilhões, como estava previsto no parecer inicial do relator, Alexandre Silveira (PSD-MG), para R$ 145 bilhões.

Como os R$ 175 bilhões previstos inicialmente seriam suficientes para bancar todo o Bolsa Família, os R$ 105 bilhões já previstos no Orçamento para o programa de transferência de renda ficariam livres. Agora, a abertura na LOA de 2023 será de R$ 75 bilhões, ou seja, R$ 30 bilhões a menos que terão de ser usados para completar o pagamento do benefício social.

A expectativa do senador é que a PEC seja aprovada até quarta-feira, 14, na Câmara, devido ao cronograma apertado, já que a LOA precisa ser aprovada até a semana seguinte, antes do recesso do Congresso.

Na visão dele, o julgamento do orçamento secreto no Supremo Tribunal Federal (STF) não deve atrapalhar a tramitação, embora parlamentares vejam as "digitais" de Lula no processo.

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