Viena - O consumo mundial de energia aumentará 60% até 2040, com uma queda da cota do petróleo - compensada por um aumento do gás e das energias renováveis -, segundo uma projeção da Opep publicada nesta quinta-feira.
O cenário deste estudo anual, apresentado pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), prevê um crescimento de 160% da economia mundia até 2040 e um aumento do consumo de energia da ordem de 60%, em um contexto de melhoria da eficácia energética.
O petróleo, primeiro recurso energético atualmente com uma cota de 32%, baixará a menos de 25% nos próximos 25 anos, com uma produção que crescerá pouco nesse período (de 91 milhões de barris diários atuais a 99,6 mbd em 2040).
Em compensação, a produção de gás duplicará, impulsionada pela exploração do gás de xisto, para alcançar o equivalente a 110,9 mbd. A cota de gás passará de 21,5% em 2010 a 27% da energia mundial, segundo esta projeções.
O carvão também terá um bom futuro, e se converterá na primeira fonte de energia até 2040, com uma cota de 27,1%. Sua produção passará do equivalente de 72,4 mbd em 2010 a 111,2 mbd.
Apesar das incertezas geradas pela possibilidade de acidentes, como o da usina de Fukushima, a energia nuclear aumentará seu aporte em 60%, e sua cota será de 5,7%.
A energia hidroelétrica e a biomassa crescerão em torno dos 60%, e terão uma cota, respectivamente, de 2,4 e 9,4%.
As outras energias renováveis, como a solar ou a eólica, são ainda muito marginais (0,7% em 2010), mas aumentarão a 4% até 2040.
Neste contexto, a Opep prevê uma estabilidade dos preços do petróleo, em torno dos 101 dólares constantes o barril em 2040.
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1. Rumo a um futuro mais limpo
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São Paulo – Com ambições de expandir a participação da
energia solar em sua matriz energética, o
Brasil tornou-se o 9º país mais atraente para receber investimentos em fontes renováveis, segundo estudo da
EY. Atualizado trimestralmente, o
Renewable Energy Country Attractiveness Index (RECAI) avalia as barreiras e oportunidades para os investidores externos acessarem o mercado de fontes limpas em 40 países. O Brasil está às vésperas de realizar seu primeiro leilão exclusivo para a fonte solar. Isso significa que ela não vai concorrer com outras fontes mais baratas, como a energia eólica, o que promete dar um gás na expansão dos projetos de usinas e atrair fabricantes a se instalarem por aqui. Participam do leilão de reserva, previsto para o dia 31, cerca de 400 projetos que somam 10,8 gigawatts (GW) de capacidade. A expectativa do governo é contratar 3,5GW entre 2014 e 2018, ante meros 11 megawatts (MW) de capacidade instalada atualmente. Segundo os analistas da EY, os recentes anúncios de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai oferecer financiamento mais barato para projetos de energia solar que busquem equipamentos produzidos localmente também reforça a ambição do país para criar uma forte cadeia produtiva interna para essa fonte. Veja a seguir o desempenho das nações que ocupam os 10 primeiros lugares e o desempenho por fontes de energia, segundo a última edição do RECAI.
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2. 1. China
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3. 2. Estados Unidos
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4. 3. Alemanha
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5. 4. Japão
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6. 5. Canadá
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7. 6. Índia
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8. 7. Reino Unido
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9. 8. França
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10. 9. Brasil
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11. 10. Austrália
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12. Potências solares
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