Economia

Opep prevê alta de 60% da demanda energética até 2040

Demanda mundial de energia aumentará 60% até 2040, com uma queda da cota do petróleo, segundo projeção da Opep

Motoristas iraquianos são vistos em posto de gasolina (SAFIN HAMED/AFP)

Motoristas iraquianos são vistos em posto de gasolina (SAFIN HAMED/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 11h40.

Viena - O consumo mundial de energia aumentará 60% até 2040, com uma queda da cota do petróleo - compensada por um aumento do gás e das energias renováveis -, segundo uma projeção da Opep publicada nesta quinta-feira.

O cenário deste estudo anual, apresentado pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), prevê um crescimento de 160% da economia mundia até 2040 e um aumento do consumo de energia da ordem de 60%, em um contexto de melhoria da eficácia energética.

O petróleo, primeiro recurso energético atualmente com uma cota de 32%, baixará a menos de 25% nos próximos 25 anos, com uma produção que crescerá pouco nesse período (de 91 milhões de barris diários atuais a 99,6 mbd em 2040).

Em compensação, a produção de gás duplicará, impulsionada pela exploração do gás de xisto, para alcançar o equivalente a 110,9 mbd. A cota de gás passará de 21,5% em 2010 a 27% da energia mundial, segundo esta projeções.

O carvão também terá um bom futuro, e se converterá na primeira fonte de energia até 2040, com uma cota de 27,1%. Sua produção passará do equivalente de 72,4 mbd em 2010 a 111,2 mbd.

Apesar das incertezas geradas pela possibilidade de acidentes, como o da usina de Fukushima, a energia nuclear aumentará seu aporte em 60%, e sua cota será de 5,7%.

A energia hidroelétrica e a biomassa crescerão em torno dos 60%, e terão uma cota, respectivamente, de 2,4 e 9,4%.

As outras energias renováveis, como a solar ou a eólica, são ainda muito marginais (0,7% em 2010), mas aumentarão a 4% até 2040.

Neste contexto, a Opep prevê uma estabilidade dos preços do petróleo, em torno dos 101 dólares constantes o barril em 2040.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEnergia renovávelGásPetróleo

Mais de Economia

Impostômetro: brasileiros já pagaram R$ 3 trilhões em impostos em 2024, alta de 20%

FGTS destina R$ 142 bi para habitação, saneamento e infraestrutura em 2025

Consumo nos supermercados cresce 2,52% no acumulado do ano