Economia

Opep e Rússia poupam Ásia de cortes na oferta de petróleo

Oferta de petróleo da Opep para a Ásia cresceu 7 por cento entre novembro e janeiro, para 17 milhões de barris por dia

Petróleo: russos e a Opep diminuíram as entregas para Europa e Américas, à medida que implementam um acordo de redução de oferta de petróleo (Oscar Cabral/Reprodução)

Petróleo: russos e a Opep diminuíram as entregas para Europa e Américas, à medida que implementam um acordo de redução de oferta de petróleo (Oscar Cabral/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 11h51.

Cingapura - A Rússia e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estão protegendo a Ásia de cortes de oferta combinados em um acordo para redução da produção assinado no ano passado, enquanto lutam para proteger sua participação no maior e mais crescente mercado de petróleo do mundo.

Para isso, os russos e o cartel diminuíram as entregas para Europa e Américas, à medida que implementam um acordo coordenado para reduzir a oferta em cerca de 1,8 milhão de barris por dia, buscando reduzir o excesso de oferta global e elevar os preços do petróleo.

A oferta de petróleo da Opep para a Ásia cresceu 7 por cento entre novembro e janeiro, para 17 milhões de barris por dia, atingindo dois terços do consumo de petróleo da região, segundo dados do Thomson Reuters Eikon.

Embora os cortes da Opep e da Rússia tenham potencial para eventualmente reequilibrar o mercado após um excesso de oferta que já dura três anos, esse movimento será mais lento na Ásia, a menos que a demanda regional aumente.

Em um sinal de excesso de oferta asiática, os dados do Eikon mostram que cerca de 30 super petroleiros afretados, conhecidos como Very Large Crude Carriers (VLCC), estão em águas na parte externa do centro de comércio de petróleo da Ásia, em Cingapura e no sul da Malásia, transportando cerca de 55 milhões de barris de petróleo, o suficiente para atender quase cinco dias de demanda chinesa.

"Os estoques de petróleo estão caindo, especialmente na Europa. Na Ásia, a forte demanda está deixando o mercado mais apertado, mas ainda vai levar tempo", disse o diretor da trading de petróleo Strong Petroleum, em Cingapura, Oystein Berentsen.

 

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