Economia

ONS volta a prever chuvas mais fortes em dezembro

O operador reduz custo da operação


	Chuva: com expectativa de maior volume de chuvas, o operador reduziu em 2,2% o custo marginal de operação da próxima semana
 (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Chuva: com expectativa de maior volume de chuvas, o operador reduziu em 2,2% o custo marginal de operação da próxima semana (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 12h15.

São Paulo - O Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico divulgou nesta sexta-feira, 12, a segunda revisão das projeções de volume de chuvas e para o nível de reservatórios no mês de dezembro, e as indicações mostram números mais favoráveis do que aqueles anunciados uma semana atrás.

Com expectativa de maior volume de chuvas na Região Sudeste/Centro-Oeste, o operador reduziu em 2,2% o custo marginal de operação (CMO) da próxima semana, de R$ 659,76/MWh para R$ 645,29/MWh, válido para os quatro subsistemas (Sudeste, Sul, Nordeste e Norte).

Com isso, o preço de liquidação das diferenças (PLD) deve continuar abaixo do patamar teto de R$ 822,83/MWh estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por mais uma semana.

O PLD, valor utilizado nas operações de compra e venda de energia no mercado de curto prazo, é balizado justamente pelos valores do CMO e permaneceu no patamar máximo durante seis semanas entre os meses de outubro e novembro.

O valor do PLD para a próxima semana deve ser divulgado ainda hoje pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O Informe do Programa Mensal de Operação (IPMO) publicado semanalmente pelo ONS mostra que as condições de chuvas em dezembro continuam favoráveis e apresentaram melhoria na última semana.

O ONS projeta que a Energia Natural Afluente (ENA) no Sudeste do País, região responsável por 70% do armazenamento de água nas usinas hidrelétricas, ficará em 99% da média de longo termo (MLT) do mês de dezembro.

O número supera os 94% da semana anterior, mas ainda é inferior aos 107% da média previstos inicialmente para o mês de dezembro.

Na Região Sul as projeções também continuam oscilando na casa dos 90%. Hoje, o ONS trabalha com previsão de chuvas de 93% da média histórica.

Na semana passada, essa projeção havia ficado em 84%, contra os 98% da média previstos inicialmente para o mês. A estimativa para o subsistema Nordeste, por outro lado, foi reduzida fortemente.

O número de 83% da MLT da semana passada foi revisado para 64% da média hoje. A projeção para ENA na Região Norte também foi reduzida, de 73% para 64% da MLT.

As perspectivas em relação ao volume de chuvas na próxima semana se refletem na estimativa do nível dos reservatórios ao final do mês.

Na Região Sudeste, onde os reservatórios estavam com 16,15% da capacidade até ontem, esse número deve subir a 22,3% ao final do mês. Na sexta-feira passada, o ONS previu que os reservatórios terminassem o ano com 22,1% da capacidade.

As projeções para as demais regiões foram reduzidas. No caso do Sul do País, os reservatórios devem terminar o ano com 48,1% da capacidade - a previsão era de 48,4% semana passada.

No caso da Região Norte, houve redução de 30,7% para 30,4% da capacidade. No Nordeste, onde a situação se mostra mais preocupante neste momento, a previsão foi reduzida de 22,3% para 19,6% da capacidade.

Conforme a medição de ontem feita pelo ONS, os reservatórios operavam com 53,90% no Sul, 13,99% no Nordeste e 27,11% na Região Norte.

Carga

O ONS também anunciou hoje a segunda revisão para a projeção de carga mensal no sistema nacional (SIN) durante o mês de dezembro.

A demanda deve crescer 3,7%, acima da estimativa de 3,3% apresentada na sexta-feira passada. A carga prevista no mês está em 66.626 MW médios, contra 66.369 MW médios previstos uma semana atrás.

A variação é explicada principalmente pela expectativa de forte crescimento da carga na região Sul. A projeção de alta foi elevada de 4,7% para 10,2%.

No Sudeste, cuja carga responde por quase 60% da demanda do País, a previsão foi reduzida de 2,8% para 2,1%. A projeção para a Região Nordeste foi ajustada de 5,3% para 5,1%, enquanto a retração esperada na Região Norte foi ajustada de -0,7% para -1,7%.

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