Economia

ONS prevê pouca chuva e custo de operação sobe 38%

Clima deverá contribuir para a elevação ante a semana anterior de 37,7 por cento no custo médio de operação do sistema elétrico


	Linhas de transmissão de energia: escassez de chuva ocorre em um momento em que a demanda por energia elétrica no país está forte
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Linhas de transmissão de energia: escassez de chuva ocorre em um momento em que a demanda por energia elétrica no país está forte (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 15h26.

São Paulo - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê pouca chuva no país na próxima semana, contribuindo para a elevação ante a semana anterior de 37,7 por cento no custo médio de operação do sistema para o período de 11 a 17 de janeiro.

A passagem de uma frente fria deve avançar pela região Sul no início da semana, permanecendo aí até o fim de semana, ocasionando chuva fraca a moderada nas bacias dos rios Uruguai, Jacuí, Iguaçu, Paranapanema e Tietê.

"Nas demais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) permanece a ausência de precipitação", informou o ONS no Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação para a semana de 11 a 17 de janeiro, divulgado nesta sexta-feira.

Esse fator contribuiu para que o Custo Marginal de Operação (CMO) médio semanal do sistema subisse de 280,81 reais por megawatt-hora (MWh) para 386,83 reais por MWh. Diante deste aumento, o ONS também elevou o despacho de usinas termelétricas por ordem de custo (do menor para o maior) de 10.464 megawatts médios para 11.756 MW médios.

A escassez de chuva ocorre em um momento em que a demanda por energia elétrica no país está forte, dadas as altas temperaturas que incentivam o uso de aparelhos de ar refrigerado, e em que o nível dos reservatórios das hidrelétricas não está recuperado.

No mesmo relatório, o ONS estima que a carga de energia no sistema elétrico brasileiro deva crescer cerca de 10,4 por cento em janeiro ante mesmo período do ano passado.

A região Sudeste/Centro-Oeste é um dos destaques na previsão de alta de carga neste mês, com crescimento estimado de 10,8 por cento para a região ante janeiro de 2013, pela intensificação do uso de aparelhos de refrigeração nas residências. "Além disso, também contribui para essa taxa de crescimento, o provável aumento da carga industrial em consequência da expectativa de retomada da produção para reposição de estoques", informou o ONS.

Para o Norte, a estimativa é de um aumento de 8,2 por cento na carga, em bases ajustadas, em janeiro. O ONS ainda estima aumento de carga de 6,4 por cento no Sul e 4,3 por cento no Norteste em janeiro.

O ONS apresenta semanalmente, geralmente às sextas-feiras, o relatório sobre o programa mensal de operação, realizando os atualizações e detalhamento das expectativas para a semana seguinte.

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