Usina hidrelétrica de Itaipu: a expectativa atualizada do ONS para as chuvas sobre reservatórios de hidrelétricas durante março foi revisada (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2015 às 13h57.
São Paulo - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou um indicador de custo de energia para a próxima semana, diante de um cenário de previsão menor de chuvas para março e consumo de carga relativamente estável em relação às estimativas divulgadas na semana passada.
O chamado Custo Marginal de Operação (CMO) -- valor que ajuda a compor o preço da eletricidade no mercado de curto prazo -- para as regiões Sudeste e Sul do país na próxima semana subiu para 1.204,34 reais por megawatt/hora ante 1.130,44 definidos para esta semana.
Já para as regiões Nordeste e Norte, o custo também subiu, a 1.040,32 reais e 737,71 reais o MWh, respectivamente. Os valores para esta semana estavam em 759,12 e 538,73 reais.
A expectativa atualizada do ONS para as chuvas sobre reservatórios de hidrelétricas durante março foi revisada para 80 por cento da média história para o mês ante 83 por cento estimados na semana passada.
Para o Nordeste, a previsão se manteve em 39 por cento da média, enquanto para o Sul houve queda na projeção de 122 para 116 por cento da média histórica para o mês.
Com isso, o ONS agora espera que as represas de hidrelétricas do Sudeste terminem o mês com nível de 28,6 por cento de acúmulo de água, abaixo da projeção de 29,1 por cento divulgada na semana passada.
Para o Nordeste, o nível esperado para o fim do mês é de 23,9 por cento, ante 23,3 por cento previstos anteriormente.
O ONS também alterou a projeção para crescimento da carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) em março para 2,5 por cento sobre um ano antes, ante 2,4 por cento divulgado na semana passada.
Na véspera, o diretor geral do ONS, Hermes Chipp, afirmou que a previsão de carga de energia movimentada pelo SIN pode sofrer uma revisão para alta de apenas 0,2 por cento este ano ante estimativa atual de crescimento de 3,2 por cento.
Segundo ele, com o preço mais caro da energia diante da vigência de bandeiras tarifárias vermelhas, a tendência será de redução do consumo de eletricidade no país, influenciada ainda pelo baixo crescimento da economia.