O novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC): estimativas foram reduzidas porque a expectativa era de que a UE se recuperasse no 2º tri, mas agora a projeção é para o terceiro (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2013 às 11h34.
Genebra - O comércio mundial deve crescer 2,5 por cento neste ano e 4,5 por cento em 2014, disse nesta segunda-feira o novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, revisando para baixo as estimativas anteriores de 3,3 por cento e 5 por cento.
Depois de assumir o cargo em 1º de setembro, Azevêdo disse que os dados serão detalhados em relatório a ser divulgado em 19 de setembro.
Ele afirmou que as estimativas foram reduzidas porque a economia europeia não se recuperou no segundo trimestre deste ano como esperado, mas não deu mais detalhes.
As projeções originais foram apresentadas em abril pelo predecessor de Azevêdo, Pascal Lamy, que alertou que a ameaça do protecionismo pode ser maior do que em qualquer momento desde o início da crise econômica, visto que o fracasso das políticas de crescimento podiam, em vez disso, estimular os países a erguerem barreiras às importações.
Monitores independentes do comércio, como o relatório Alerta Comercial Global feito por Simon Evenett, da Universidade de St Gallen, na Suíça, descobriram que países estão usando o protecionismo "dissimulado" --contornando as regras da OMC para evitar a censura da organização que tem sede em Genebra.
Antes que a OMC possa melhorar seu papel em policiar o protecionismo, ela precisa resolver o impasse nas negociações de comércio global, disse Azevêdo. Chamando a OMC de "uma ameaça a si mesma", ele disse que cabe à organização de 159 países membros aperfeiçoar as regras da OMC para lidar com o protecionismo sofisticado.
Isso requer um avanço na reunião ministerial em Bali em dezembro, em que a OMC espera firmar alguns dos elementos menos contenciosos da rodada Doha de negociações comerciais, em impasse há anos.
Com a OMC se esforçando em relação às metas relativamente não ambiciosas para Bali, Azevêdo disse que tem ideias na manga para romper o entrave, mas recusou-se a revelá-las.
Atualizado às 11h34